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Retratos da sociedade egípcia: tradução de contos do livro Táxi de Khalid Al-Khamissi e os efeitos do contraste entre a língua árabe padrão e o dialeto egípcio

Processo: 12/23943-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2013
Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2014
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras
Pesquisador responsável:Mamede Mustafa Jarouche
Beneficiário:Júlia Cardoso Rodrigues
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Literatura árabe   Tradução   Criação literária   Narrativa   Análise de conteúdo
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:árabe padrão | dialeto egípcio | livro taxi | sociedade egípcia | tradução | Tradução de textos em língua árabe.

Resumo

Retratos da sociedade egípcia: tradução de contos do livro Táxi de Khalid Al-Khamissi e os efeitos do contraste entre a língua árabe padrão e o dialeto egípcio. Universidade de São PauloJúlia Cardoso Rodriguesjulia.cardoso.rodrigues@usp.brO presente trabalho pretende propor uma tradução do árabe para o português de contos do livro Táxi, do autor egípcio Khalid Al-Khamissi. A pesquisa focará o estudo dos efeitos de sentido criados pela linguagem utilizada no livro e a posterior tradução da obra, tendo como objetivo que se mantenham os efeitos de sentido observados. Publicado pela primeira vez em 2006, o livro Taxi do escritor egípcio Khaled El-khamissi tornou-se um grande sucesso dentro e fora do mundo árabe. Traduzida para mais de 10 línguas, parte da relevância da obra se deve ao fato de funcionar como uma espécie de estudo da sociedade egípcia através dos taxistas, componentes da parcela mais humilde da população e normalmente esquecidos, mas que tem a característica especial de entrar em contato com as várias camadas sociais através de seus clientes e possuírem eles mesmos as mais diferentes origens e experiências de vida. À parte disso, o mais interessante, e o grande motivo pelo qual o livro chama atenção, está no fato de apontar as várias insatisfações sociais e o posicionamento popular antigovernamental no período de 2005 e 2006, que mais a frente culminariam na revolução egípcia de 25 de janeiro de 2011, da qual pude testemunhar uma parte enquanto estive no Cairo entre 2011 e 2012. Resultado de conversas do autor com taxistas que trabalham diariamente nas ruas do Cairo, a obra divide-se em 58 pequenos contos nos quais entramos em contatos com os mais diversos personagens e mais diferentes opiniões que convergem no que diz respeito ao governo, mostrando uma sociedade desconfiada de seus governantes e já cansada de se sentir enganada e desamparada. Inovadora em razão do objeto do qual trata, a obra também surpreende pela linguagem utilizada. Em busca de retratar seus personagens de maneira fiel e realista, o autor emprega a variante egípcia do árabe em todos os seus diálogos, mantendo a variante padrão nas partes narrativas da obra. Por esse motivo, Taxi não se constitui como um livro de fácil tradução. Não sendo comum a produção literária em dialetos árabes, é incomum encontrar trabalhos de tradução de tais dialetos ou trabalhos que levantem e discutam essa questão, suas dificuldades e implicações. Um exemplo é que torna-se importante, do ponto de vista tradutológico, que as marcas de oralidade sejam bem evidentes de modo a não prejudicar a expressividade dos personagens, o que o autor se esforçou tanto por manter.(AU)

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