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Análise comparativa da morfologia do intestino e rotas de absorção de nutrientes entre morcegos e roedores: evidência de convergência adaptativa com aves?

Processo: 13/02991-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2013
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2013
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Fisiologia - Fisiologia Comparada
Pesquisador responsável:Ariovaldo Pereira da Cruz-Neto
Beneficiário:Beatriz Marques Vilela Simões
Instituição Sede: Instituto de Biociências (IB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Rio Claro , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:12/04610-5 - Análise comparativa da morfologia do intestino e rotas de absorção de nutrientes entre morcegos e roedores: evidência de convergência adaptativa com aves?, AP.R
Assunto(s):Morcegos   Dieta animal   Morfologia animal
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Absorção de nutrientes | dieta | método comparativo filogenético | Morcegos | morfologia do trato gastrointestinal | Roedores | fisiologia ecologica e evolutiva

Resumo

A capacidade do voo sustentado evolui de forma independente em 3 linhagens de vertebrados, e constitui um caso clássico de evolução convergente. Entre aves e morcegos, apesar da evolução de diferentes padrões funcionais para atender a demanda do voo, existem inúmeras similaridades em diversas características associados ao voo que corroboram de forma inequívoca a ideia de soluções convergentes. Do ponto de vista morfofisiológico, uma das características associadas à evolução do voo em aves foi a redução, quando comparada a mamíferos não-volantes, do tamanho do intestino delgado. A hipótese para explicar tal fato é a de que o tamanho do trato digestório e, consequentemente, a digesta que ele carrega, devem ser minimizadas, porque os custos do voo aumentam com a carga e a capacidade de alçar voo e a manobrabilidade variam inversamente com a massa corpórea. Se existe convergência nas soluções dos compromissos associados ao voo em aves e morcegos, então esperamos uma redução nas dimensões do intestino delgado em morcegos, quando comparado a de mamíferos não -volantes, da mesma magnitude da observada em uma comparação entre aves e mamíferos não-volantes. Neste contexto, um dos objetivos do presente projeto é testar esta hipótese, analisando e comparando, em um contexto ecológico e evolutivo, a morfologia do intestino delgado entre diversas espécies de morcegos e de mamíferos não-volantes. Se realmente aves e morcegos possuem um intestino delgado proporcionalmente menor em relação a mamíferos não-voadores, uma questão interessante é saber como conseguem absorver energia suficiente para atender as demandas energéticas do voo. Neste contexto, estudos sobre rotas de absorção de nutrientes evidenciaram que aves fazem maior uso da rota passiva de absorção, quando comparada a mamíferos não-voadores. A maior utilização desta rota, que independe da frequência alimentar e, assim, permite uma absorção mais rápida e eficiente de nutrientes, foi considerada como sendo uma resposta adaptativa para compensar a diminuição no tamanho do intestino delgado. Estudos com morcegos sugerem o mesmo padrão, mas o limitado número de experimentos (2 espécies) não permite concluir que realmente existe convergência com aves em relação a este padrão. Assim, o segundo objetivo do projeto é quantificar e comparar as rotas de absorção em espécies de morcegos e roedores com diferentes hábitos alimentares, com o propósito de se averiguar a existência de convergência adaptativa nesta resposta com aves. (AU)

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