Do exílio no espaço ao espaço da alma: Henry Corbin no Entremundo

• Processo: 14/06278-3
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado
• Data de Início da vigência: 24 de maio de 2014
• Data de Término da vigência: 23 de agosto de 2014
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Filosofia
• Pesquisador responsável: Olgária Chain Féres Matos
• Beneficiário: Monica Udler Cromberg
• Supervisor: Pierre Lory
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Instituição Anfitriã: École Pratique des Hautes Études (EPHE), França
• Vinculado à bolsa: 12/15199-4 - Do exílio no espaço ao espaço da alma: Henry Corbin no Entremundo, BP.DR
• Assunto(s): Sufismo
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: filosofia da mística | hermeneutica espiritual | individuação espiritual | mística islâmica | mundo imaginal | Sufismo | Filosofia da Religião

Resumo

O objetivo desta pesquisa é mostrar a importância do pensamento de Corbin e dos filósofos orientais que ele pretende ser porta-voz para a Filosofia contemporânea face à hegemonia da racionalidade materialista ocidental que recalcou a mística filosófica no campo do irracionalismo. Pretendo demonstrar conseqüências disso para a crise de sentido do mundo moderno e para o sentimento de desamparo do homem contemporâneo. Esta tese pretende mostrar o quanto subjaz na obra de Corbin a idéia de que a espiritualidade do homem, sua interioridade enquanto ser que se volta para seu fundamento transcendente, para seu cerne supra-humano, é o que faz com que ele tenha a possibilidade de reverter seu estado de exílio, seu "estar lançado" no mundo do espaço newtoniano, meramente quantitativo. Seria no momento em que o homem passa a ter uma vida interior espiritual e sólida, que ele passaria a integrar o mundo exterior, a interiorizá-lo, a desvendar-lhe a Presença e remetê-lo a seu "significado anagógico", ao invés de ser oprimido por sua impessoalidade e falta de sentido - o que o rende desamparado e/ou alienado: é o mundo que vive nele e não ele que vive no mundo. (AU)