Alegoria tropical: tropicalismo e arte engajada no Brasil (1967-1969)

• Processo: 15/03699-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de junho de 2015
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2016
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Sociologia - Outras Sociologias Específicas
• Pesquisador responsável: Marcelo Augusto Totti
• Beneficiário: Vinicius Tadeu Milani
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Marília. Marília , SP, Brasil
• Assunto(s): Sociologia da cultura Ditadura Tropicalismo Movimento cultural Crítica musical Engajamento Análise de conteúdo
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Arte e Sociedade | Ditadura Militar | Engajamento | Nacionalismo estético | Tropicalismo | Sociologia da Cultura

Resumo

O movimento Tropicalista constituiu-se e consolidou-se no período de 1967 e 1969, dialogando com as diversas esferas da produção cultural brasileira, em plena efervescência no período em questão. Seu processo de formação e o que ele refletiu estão em constante análise, alimentando debates dentro e fora do ambiente acadêmico. Os álbuns Tropicália ou Panis et Circensis de 1969 e Caetano Veloso, gravado em 1967, lançado em 1968, constituem expressões desse movimento que causou grande impacto na cultura brasileira e especificamente entre as esquerdas que cristalizavam uma arte engajada com propostas de viés nacional-popular. Suas inovações técnicas, incorporações temáticas e rupturas estéticas são temas abertos à análise e à problemática em torno do diálogo e das críticas à proposta nacional-popular, bem como suas letras, que se utilizavam de diversas estratégias da linguagem, como a alegoria, para vincular uma mensagem significando outra. Dada a importância e amplitude desse movimento, refletindo certo estágio econômico, político e social que o Brasil passava, acarretando transformações na esfera cultural presentes até os dias de hoje, cabe a análise tanto dos debates em torno dos álbuns Caetano Veloso (1968) e Tropicália ou Panis et Circensis (1969), como de suas letras, a fim de lançar luz não só sobre um movimento cultural no campo musical, como também em torno da memória e da história constituída no período da ditadura militar pelas esquerdas no campo da cultura. (AU)