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Corydon e as ambiguidades do texto

Processo: 14/50559-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2015
Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2016
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Literaturas Estrangeiras Modernas
Pesquisador responsável:Guacira Marcondes Machado Leite
Beneficiário:Renata Lopes Araujo
Instituição Sede: Faculdade de Ciências e Letras (FCL). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Araraquara. Araraquara , SP, Brasil
Assunto(s):Análise do discurso   Intertextualidade
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Analise Do Discurso | Andre Gide | Corydon | Dialogo Socratico | Intertextualidade

Resumo

A pesquisa pretende investigar algumas das ambiguidades discursivas presentes em Corydon, obra do escritor francês André Gide. Empregando um grande número de referências a textos considerados discursos de comprovada autoridade em diversas áreas (como os de Darwin, Havelock Ellis e Plutarco, entre outros), Gide desejava conferir seriedade e um aspecto científico à sua defesa do homossexualismo. No entanto, a presença de citações e alusões com o objetivo de justificar certas opiniões e, dessa forma, guiar as ideias do leitor foi denunciada pelo próprio escritor em vários de seus textos anteriores, e isso torna o modo como usa outros textos no mínimo ambíguo. Embora Gide tenha declarado em várias ocasiões ter escrito tal obra sem qualquer preocupação estética, tendo apenas como intuito fazer com que a homossexualidade fosse vista como algo natural, a questão do papel da literatura e de sua relação com o real está presente no texto de modo bastante evidente. Baseando-se em tal afirmação, os estudos da obra foram e são ainda conduzidos por uma perspectiva centrada quase exclusivamente na questão sexual, deixando um pouco de lado o trabalho estético empreendido por Gide. Em vista disso, nosso objetivo é o de introduzir um ponto de vista diverso nos estudos de Corydon, baseando-nos na análise do uso dos intertextos. Queremos com isso mostrar alguns dos mecanismos através dos quais o escritor constrói um discurso no qual a ambiguidade consistiria em fazer afirmações peremptórias e, ao mesmo tempo, questionar sua validade. Embora utilizando as estratégias empregadas nos chamados discursos de autoridade, Gide contradiz a suposta verdade presente nos mesmos e as apresenta como meras construções textuais. (AU)

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