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Tratar e educar em tempos de autismo

Processo: 15/10167-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Data de Início da vigência: 01 de junho de 2015
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2016
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Psicologia - Tratamento e Prevenção Psicológica
Pesquisador responsável:Maria Cristina Machado Kupfer
Beneficiário:Sabrina Vicentin Plothow
Instituição Sede: Instituto de Psicologia (IP). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:14/24678-9 - Tratar e educar em tempos de autismo, AP.R
Assunto(s):Transtorno autístico   Transtornos globais do desenvolvimento infantil   Desenvolvimento infantil   Prevenção de doenças   Estudos de validação
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:autismo | Metodologia IRDI | prevenção | Primeira Infância | promoção de saúde | Transtornos Globais do Desenvolvimento | Promoção de Saúde

Resumo

Atualmente, é fácil constatar um aumento brutal da incidência dos diagnósticos de autismo, em decorrência da alteração dos critérios diagnósticos proposta pelo DSM-5, realizada a partir de uma visão organicista e determinista do autismo. A psicanálise propõe uma outra visão desse quadro, e entende que um bebê com sinais de desconexão é uma criança em sofrimento psíquico e em risco de evolução autística, evolução que pode, porém, ser interrompida caso haja uma intervenção a tempo. Desta perspectiva, a prevenção e a intervenção precoces aparecem como respostas possíveis, tanto para combater a fúria diagnóstica como para intervir precocemente logo que surjamos sinais de risco de evolução autística. A Pesquisa Multicêntrica de Indicadores Clínicos de Risco para o Desenvolvimento Infantil (IRDI) realizada de 2000 a 2008, buscou criar indicadores capazes de dar aos pediatras um instrumento de detecção precoce de risco psíquico para o desenvolvimento infantil. No entanto, ainda são grandes as dificuldades para uma efetiva implementação de uma prática de intervenção precoce com bebês em risco de evolução para as psicopatologias graves da primeira infância, estando entre elas o autismo. Para prosseguir no trabalho de detecção e intervenção precoces, a pesquisa IRDI nas creches foi ao campo educativo para lá localizar os primeiros sinais de risco e ali, no próprio campo educativo, acompanhar a professora e infletir a direção do que poderia ter sido uma evolução rumo àquelas psicopatologias. A metodologia IRDI nas creches já apresentou resultados parciais que apontam na direção de sua validação. Mas falta agora sua validação por meio de um procedimento estatístico para mostrar que ela pode fazer diminuir a incidência de problemas psíquicos detectáveis a partir de 3 anos de idade. Além disso, há bebês para quem os indicadores não se alteram, ainda que a professora tenha mudado sua posição diante dele: nesses casos, os pais precisam ser "convocados". Pretende-se, então, propor a abordagem dos pais também no campo do educativo, oferecendo uma alternativa à psicanálise com bebês. Pretende-se assim realizar uma pesquisa que se desdobrará em dois eixos simultaneamente. No primeiro eixo, o objetivo é o de validar a metodologia IRDI nas creches, o que poderá confirmar o valor e a importância de reintroduzir a preocupação com a promoção da saúde mental nas instituições de educação infantil atuais. No segundo eixo, o objetivo é o de investigar a eficácia de realizar o acompanhamento de pais e bebês em risco de evolução autística no interior do campo educativo, por meio da Educação Terapêutica. Para o primeiro objetivo - a validação da Metodologia IRDI - serão avaliadas 331 crianças de três anos, sendo 188 sorteadas do banco de dados constituído na primeira fase da pesquisa (grupo caso), e 143 crianças selecionadas aleatoriamente no grupo controle (constituído por creches-espelho), por meio da AP3 adaptada às creches. Para o segundo objetivo - a realização do acompanhamento de pais e bebês - serão selecionados 20 bebês com indicadores ausentes não "presentificados", e acompanhados por um ano por dez pesquisadores, por meio da Educação Terapêutica. Espera-se que a metodologia IRDI e o acompanhamento de pais/bebês tenham comprovado seu valor de promover, no campo educativo, a saúde mental e a prevenção de problemas graves da primeira infância.

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