Informação como fator de influência eleitoral

• Processo: 15/25819-8
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2016
• Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2016
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Ciência Política - Comportamento Político
• Pesquisador responsável: Fernando de Magalhães Papaterra Limongi
• Beneficiário: Gabriel Fermiano
• Instituição Sede: Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP). São Paulo , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 11/08536-1 - Instituições políticas, padrões de interação executivo-legislativo e capacidade governativa, AP.TEM
• Assunto(s): Campanha eleitoral Notícia Jornais Clientelismo Eleições (processo político)
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: campanha eleitoral | Candidatos a Deputado Federal | Clientelismo | jornais | Notícias | Regiões do IBGE | Comportamento dos candidatos à Deputado Federal

Resumo

As pesquisas em torno das eleições para o legislativo federal ainda se baseiam na pressuposição de que o deputado estabelece uma relação pessoal com o eleitorado, em detrimento de qualquer colocação partidária, com o intuito de manter-se no poder. De maneira comum, as pesquisas buscam identificar esta relação através de uma abordagem distributivista, pela qual o político pratica algum tipo de constituency service e conseguem assim se eleger. Um fator negligenciado neste debate é a capacidade deste tipo de procedimento atingir a uma parcela significativa do eleitorado em distritos de população elevada, distribuída de forma heterogênea ao longo do território, em um sistema proporcional. É pressuposto da abordagem de que o eleitor tem conhecimento da atividade do parlamentar e é capaz de lhe atribuir crédito por isso. Há, portanto, uma dimensão informacional. O político que pratica a ação tem de contar que esta ação torna-se conhecida de seu eleitor. Pode-se assim supor que esta relação entre político e eleitor é mediada por algumas instâncias que alteram o curso de informação. O contexto brasileiro tende a dificultar este acesso, na medida em que a população desigualmente distribuída ao longo do território tende a enviesar a informação. Além do mais, com elevada magnitude, o número de políticos envolvidos, tanto os eleitos, quanto os candidatos, que são em número ainda maior, multiplicam os atores envolvidos em uma eleição, tornando custosa a avaliação da informação pelo eleitor. Torna-se assim relevante identificar o impacto eleitoral provocado pela distribuição desigual de informação para os pleitos legislativos no Brasil. (AU)