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"Heresia escolástica": um fenômeno nos séculos XI e XII?

Processo: 16/04026-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de julho de 2016
Data de Término da vigência: 30 de junho de 2021
Área de conhecimento:Ciências Humanas - História - História Antiga e Medieval
Pesquisador responsável:Neri de Barros Almeida
Beneficiário:Rafael Bosch Batista
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):17/14919-7 - "Heresia escolástica": um fenômeno dos séculos XI e XII?, BE.EP.DR
Assunto(s):Educação   História medieval   Heresia   Filosofia medieval
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Educação | Escolástica | Filosofia Medieval | Heresia | História Medieval

Resumo

Essa pesquisa pretende estudar de maneira sistemática as acusações e as condenações por heresias sofridas pelos mestres de escola nos séculos XI e XII. É um tema marginalizado pelos historiadores, que preferiram centrar suas atenções nos grandes grupos heréticos ou nas "heresias populares". Questionamos se essa "heresia escolástica", entendida aqui como aquela produzida nas escolas, diferiu em relação à privilegiada pela historiografia. Busca-se determinar se os agentes históricos, em especial os acusadores, lidavam com esse tipo de heresia de maneira distinta em relação aos outros. Para tanto, parte-se de uma dupla análise. Em primeiro lugar, será analisada a visão dos acusadores, buscando compreender quais conteúdos eram condenáveis e como se construíam as acusações. Em segundo lugar, serão objeto de investigação as obras de quatro mestres acusados - Berengário de Tours (c. 999 - 1088), Roscelino de Compiègne (1050 - 1125), Pedro Abelardo (1079 - 1142) e Gilberto de Poitiers (1076 - 1154) - para que se possa determinar até que ponto as acusações encontravam respaldo em suas obras. Essa dupla análise será articulada de modo a atentar às semelhanças e diferenças entre os casos, com o intuito de compreender como e o porquê desses mestres terem sido acusados, julgados e, quando for o caso, condenados. Com base na antropologia escolástica, assume-se que a leitura das obras desses mestres e a de outros autores que escreveram sobre temas semelhantes nos auxiliará a compreender as fronteiras entre a ortodoxia e heterodoxia. Ademais, é fundamental reestabelecer as relações sociais dos envolvidos porque acreditamos que os textos anti-heréticos eram mais uma construção discursiva eclesiástica, que respondia a anseios políticos muito particulares, do que reflexo dos posicionamentos dos acusados.

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Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
BATISTA, Rafael Bosch. Hereges dialéticos: um estudo sobre a escolástica nos séculos XI e XII. 2021. Tese de Doutorado - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Campinas, SP.