Bolsa 16/06722-6 - Depressão - BV FAPESP
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Associação dos polimorfismos rs53576 e rs2254298 do gene receptor da ocitocina com depressão gestacional e pós-parto

Processo: 16/06722-6
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2016
Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2016
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Saúde Materno-infantil
Pesquisador responsável:Heloisa Bettiol
Beneficiário:Adriana Martins Saur
Supervisor: Livia Araujo de Carvalho
Instituição Sede: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: University College London (UCL), Inglaterra  
Vinculado à bolsa:13/03025-4 - Influência de Polimorfismos do Gene Receptor da Ocitocina Materno e de Fatores Ambientais na Relação Mãe-Bebê, BP.PD
Assunto(s):Depressão
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:depressão | Gene Receptor da Ocitocina | Saúde Materno-Infantil

Resumo

O nascimento de uma criança impõe uma série de desafios e dificuldades para a mãe, como aumento do estresse, horário reduzido de sono, ajuste na relação conjugal e isolamento social. Uma vez que este é um momento marcado por mudanças biológicas, psicológicas e sociais, o período gravídico-puerperal é considerado como um dos períodos mais vulneráveis à ocorrência de transtornos psiquiátricos. Entre eles, o transtorno depressivo maior é o que envolve a maior morbidade e é a condição psiquiátrica mais freqüente entre as mulheres em idade fértil. A etiologia da depressão ainda pode ser considerada de difícil compreensão, mas atualmente reconhece-se que é multifatorial. Entre as possíveis causas, hipóteses têm sido levantadas sobre marcadores biológicos (especialmente aqueles relacionados com os elevados níveis de citocinas inflamatórias), os fatores ambientais (como a ocorrência de traumas e de eventos estressantes) e vulnerabilidade genética, principalmente associada a genes específicos. Esta abordagem assume que os genes, embora não sejam os únicos determinantes, podem desempenhar um papel fundamental no estabelecimento de comportamentos parentais, determinando e/ou modulando como o ambiente atua sobre este padrão atitudinal. Entre os genes mais frequentemente associados aos sintomas depressivos estão os relacionados com o gene receptor de oxitocina materna (OXTR), em específico com os polimorfismos rs 53576 e rs2254298. Neste contexto, o objetivo deste estudo é 1) investigar a possível associação do gene receptor de oxitocina materna, especificamente os polimorfismos rs53576 e rs2254298, com sintomas depressivos durante a gravidez e no período pós-parto, em uma amostra de mães de Ribeirão Preto (SP) e de São Luís (MA) e, 2) investigar as interações entre os sintomas depressivos e fatores sociodemográficos (idade, status socioeconômico, estado civil, escolaridade, ocupação), condições psicossociais maternas (ansiedade, estresse, apoio social, experiências de violência durante a gravidez e a relação mãe-bebê) e marcadores biológicos, especificamente níveis inflamatórios de citocinas. O presente projeto se caracteriza por ser um estudo longitudinal, com informações obtidas da mãe e/ou criança em quatro diferentes momentos: a) pré-natal, onde foram coletadas informações sobre dados sociodemográficos, sintomas de depressão, ansiedade, estresse, apoio social, experiência de violência, além de coleta de sangue venoso para fins genéticos e dosagem das citocinas. Nesta fase, participaram 1377 mães de Ribeirão Preto e 1445 mães de São Luís; b) nascimento, onde foram obtidas informações sobre as condições de nascimento do bebê e do parto em um total de 1348 mães de Ribeirão Preto e 1380 de São Luís; c) pós-parto, onde a ocorrência de sintomas depressivos durante este período foi avaliada em 1059 mães de Ribeirão Preto e 801 de São Luís e d) segundo ano de vida dos bebês, onde foram investigados estresse, depressão, sintomas psiquiátricos e a relação mãe-bebê em 1077 mães de Ribeirão Preto e 1138 de São Luís. Análises de regressão logística uni e multivariada serão usadas para estimar as associações entre os sintomas depressivos e fatores ambientais, genéticos e marcadores biológicos, incluindo os níveis de citocinas, com um intervalo de confiança de 95%. O modelo de equações estruturais também será utilizado para a análise das interações genético-ambientais. Finalmente, considera-se que o reconhecimento de uma possível depressão gestacional e pós-parto se caracteriza de extrema relevância, uma vez que essas condições podem causar efeitos em longo prazo para a criança e família. Embora déficits não sejam universais em mães deprimidas, a depressão pode levar à redução da interação e irritabilidade, erroneamente dirigida às crianças. Sem tratamento adequado, existem altos riscos de abuso infantil e negligência, prejuízo em longo prazo da relação mãe e filho, e distúrbios psiquiátricos ou de aprendizagem nas crianças.

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