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Edith Stein e a história filosófica do debate entre idealismo e realismo em fenomenologia

Processo: 16/09096-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Pesquisa
Data de Início da vigência: 02 de janeiro de 2017
Data de Término da vigência: 01 de julho de 2017
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
Pesquisador responsável:Juvenal Savian Filho
Beneficiário:Juvenal Savian Filho
Pesquisador Anfitrião: Jean-Francois Lavigne
Instituição Sede: Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Guarulhos. Guarulhos , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Université Paul-Valéry Montpellier 3, França  
Assunto(s):Realismo   Fenomenologia (filosofia)   Idealismo
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Círculo de Gotinga | Edith Stein | fenomenologia | Idealismo | realismo | Tomismo | História da Fenomenologia

Resumo

Edith Stein, desde o período em que foi assistente de Edmund Husserl até a fase final de sua própria filosofia, abordou repetidas vezes o debate entre idealismo e realismo em fenomenologia, embora tenha mostrado a inviabilidade desse debate precisamente em contexto fenomenológico. Com efeito, de certa "expectativa realista", ela passou a subscrever o idealismo transcendental, mesmo quando se inspirou em formas filosóficas medievais, eminentemente o pensamento de Tomás de Aquino e Duns Escoto. O idealismo transcendental parecia-lhe uma decorrência necessária ou lógica da fenomenologia, de modo que não haveria necessariamente uma ruptura entre as Investigações lógicas e as Ideias para uma fenomenologia pura e uma filosofia fenomenológica de Husserl. As razões de sua insistência reiterada no debate aqui em questão - sem nunca declarar-se nem "idealista" nem "realista" - não parecem provir de sua frequentação de autores medievais, mas, por um lado, de sua própria tentativa de compreender o pensamento de Husserl e, de outro, de seu diálogo crítico com o neotomismo, que considerava a fenomenologia um mero fenomenalismo. Não podendo aceitar tal interpretação, Edith Stein buscou outras maneiras de justificar o que ela considerava uma convergência entre formas medievais de pensamento e a fenomenologia. Uma delas consistiu em inviabilizar o referido debate e em desabonar a atribuição de um realismo não crítico aos medievais. Este projeto de pesquisa, buscando esclarecer o idealismo transcendental de Edith Stein, visa também, por conseguinte, avaliar o sentido da última fase de sua filosofia, além de permitir apontar para a complexidade das interpretações do pensamento husserliano por parte da primeira geração de seus leitores. (AU)

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