Renovação urbana, consumo e lazer no bairro da Mooca

• Processo: 16/11273-6
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2016
• Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2017
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Sociologia - Sociologia Urbana
• Pesquisador responsável: Verônica Sales Pereira
• Beneficiário: Gabriel dos Ouros
• Instituição Sede: Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Bauru. Bauru , SP, Brasil
• Assunto(s): Gentrificação Renovação urbana Mudança social Cultura material Modo de vida Classe média Consumo Lazer
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Consumo | desindustrialização | Gentrificação urbana | Lazer | Mooca | Renovação urbana | Sociologia

Resumo

Este projeto tem como fim abordar como a imprensa recria as imagens do bairro da Mooca como espaço de consumo e lazer e, em segundo lugar, saber quem são seus praticantes, frequentadores, consumidores e proprietários e como criam/recriam estes espaços. O antigo bairro, marcado pela desindustrialização e forte perda populacional desde meados do século XX, recentemente sofreu um processo de boom imobiliário, que reproduziu não apenas os enclaves fortificados dos condomínios residenciais, com inúmeros conflitos em torno do seu patrimônio histórico, mas também uma renovação/reforma e proliferação de novos locais de consumo e lazer, como bares, restaurantes, mercados mais sofisticados, lojas, etc. Retrataremos, em primeiro lugar, como estes espaços sofreram um processo de embelezamento (estetização) por meio das reformas de suas fachadas e ambientes pelos seus proprietários e como a imagem do bairro, por meio destes estabelecimentos, é recriada pela mídia. E em segundo lugar, a relação entre as classes médias afluentes, os valores e estilos de vida ligados às formas de lazer e de consumo dos moradores destes "enclaves fortificados" (Caldeira, 1997) e também de "fora" e a "redescoberta-retorno" ao espaço (público) do bairro, "revalorizado" por sua cultura material (patrimônio industrial) e imaterial ("a tradição italiana"), por suas novas imagens, nas fachadas arquitetônicas e nas páginas de jornais, constituindo uma nova paisagem urbana. (AU)