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Avaliação dos efeitos de fatores séricos obtidos de camundongos com e sem predisposição à obesidade sobre aspectos inflamatórios em linhagem de micróglia e neurônios hipotalâmicos

Processo: 17/08200-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de maio de 2017
Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2018
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Pesquisador responsável:Licio Augusto Velloso
Beneficiário:Davi Sidarta Vitória Rodrigues de Oliveira
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Médicas (FCM). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:13/07607-8 - CMPO - Centro Multidisciplinar de Pesquisa em Obesidade e Doenças Associadas, AP.CEPID
Assunto(s):Hipotálamo   Inflamação   Obesidade   Modelos animais
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Hipotálamo | Inflamação | obesidade | Alergia e Imunologia Clínica

Resumo

A obesidade é uma condição de impacto sistêmico e múltiplas comorbidades que é atualmente definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como acúmulo anormal ou excessivo de gordura corporal que representa risco à saúde, caracterizada por um índice de massa corporal (IMC) maior do que 30. As previsões epidemiológicas apontam que em 2030 38.1% da população mundial apresentar-se-á com sobrepeso, e que 19.7% com obesidade. Estudos de grande porte demonstram que a obesidade aumenta os riscos relativos para diversas condições associadas e extremamente custosas aos indivíduos e aos serviços de saúde, destacando-se diabetes tipo II, doenças cardiovasculares - tais como hipertensão, doença coronariana, embolia pulmonar e acidentes vasculares encefálicos -, asma, diversos tipos de neoplasia - de mama, colorretal, esofágico, renal, ovariano, pancreático e prostático -, complicações urinárias, osteoartrite e dor crônica. Desse modo, a condição está associada a um grande impacto na vida das pessoas que as apresentam e aos sistemas nacionais de saúde. De modo geral, o peso corporal é determinado por interações complexas entre fatores ambientais, genéticos e comportamentais, cujo centro regulador é o hipotálamo, pequena área do diencéfalo. A ingestão alimentar excessiva e desbalanceada e o estilo de vida sem um conjunto de exercícios físicos adequados, com características sedentárias, são de longa data apontados como os responsáveis pela obesidade. Pesquisas recentes, no entanto, demonstram que a perda da homeostase energética é um processo mais intricado e complexo, que envolve a resistência à insulina e à leptina (sinais de adiposidade) e desbalanços hormonais envolvendo sinais de saciedade como colecistoquinina (CCK), peptídeo similar a glucagon-1 (GLP-1) e a grelina. Dentre esses diversos fatores, a resistência à leptina, e, sem segundo lugar, à insulina, ocupam lugar de destaque no processo de obesogênese. Esses sinais, em situações normais, atuam no hipotálamo de modo a sinalizar ao Sistema Nervoso Central o equilíbrio energético do organismo. Em indivíduos obesos, há resistência à sinalização desses hormônios, o que envolve um processo inflamatório subclínico crônico, primeiramente no hipotálamo e, tardiamente, na periferia, que parece ser fundamental para a compreensão da obesogênese e suas potenciais vias terapêuticas. Isso ocorre devido a um cross-talk de mediadores inflamatórios com as vias de sinalização da leptina e da insulina, notadamente por ativação de receptores tipo-Toll. Nesse contexto, o padrão da resposta inflamatória e a reação hipotalâmica a este mostram-se fundamentais. Frente a isso, diversos estudos estão sendo atualmente conduzidos na área. Espera-se que o conhecimento aprofundado do assunto leve a uma maior compreensão da obesidade, de sua fisiopatologia, de comorbidades associadas e de potenciais alvos terapêuticos para o seu manejo clínico. Este projeto propõe o estudo do assunto, valendo-se de fatores séricos advindos do soro previamente obtido de grupos de camundongos resistentes ou propensos à obesidade para tratar subpopulações hipotalâmicas em cultura e verificar sua reação. Para isso, realizaremos o procedimento da reação em cadeia da polimerase (PCR) para estudar a modulação da expressão de genes de interesse, relacionados às cascatas de sinalização inflamatórias, em resposta aos tratamentos. (AU)

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