Belo impossível: a construção do conceito de beleza no pensamento de Sartre

• Processo: 17/09734-8
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2017
• Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2021
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Filosofia
• Acordo de Cooperação: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
• Pesquisador responsável: Silene Torres Marques
• Beneficiário: Vinicius Xavier Hoste
• Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
• Assunto(s): Estética (filosofia) Belo Artes Imaginário
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Arte | Belo | estética | Imaginário | valor | Estética

Resumo

O presente projeto de doutorado pretende abordar o conceito de beleza em Sartre. Apesar de não ser algo evidente, já que o pensador francês nunca deu uma forma definitiva a este conceito, postular sua existência não é algo absurdo, uma vez que o filósofo francês refere-se a ele em diversas ocasiões. Diante disso, aquilo que se quer nesta pesquisa é justamente recapitular as diferentes abordagens sartreanas sobre o belo, tentando estabelecer entre elas uma ligação, quer dizer, buscando unificá-las naquilo que teria sido sua "teoria do belo". O ponto de partida para a investigação dessa teoria será L'imaginaire, livro em que Sartre opera uma separação entre o belo e o real, afirmando que o belo jamais se revela à percepção. A partir disso, tentaremos mostrar através de Qu'est-ce que la littérature? e da conferência proferida na Universidade Mackenzie de São Paulo em 1960 ("Conferência de Jean-Paul Sartre - Universidade Mackenzie"), como o belo não é algo proveniente da natureza, mas sim da arte, de uma relação entre artista e público, de um movimento intersubjetivo. Por fim, buscaremos evidenciar como, em L'être et le néant e em textos críticos e biográficos que Sartre escreve sobre arte, o belo é definido enquanto valor, mas não necessariamente enquanto um valor perfeito, e sim como valor declinável que pode se revelar até mesmo no feio. (AU)