Sons da dominação e da reação: coerções cometidas contra a mulher indígena nos séculos XVI e XVII

• Processo: 17/23046-7
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de maio de 2018
• Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2018
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - História - História do Brasil
• Pesquisador responsável: Denise Aparecida Soares de Moura
• Beneficiário: Julia Pizardo Micheletto
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Franca. Franca , SP, Brasil
• Assunto(s): Historiografia Período Colonial (1500-1822) América Portuguesa Direitos indígenas Violência contra a mulher Mulheres Povos indígenas Coerção Análise do discurso
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: América Portuguesa | indios | Mulher | Violência | Brasil Colônia

Resumo

O projeto visa inventariar nos textos morais e religiosos das jesuítas ações de coerção cometidas contra a mulher indígena, assim como a possibilidade da existência de um discurso diagnóstico específico destes atos com impacto na legislação indigenista. O recorte cronológico refere-se aos séculos XVI e XVII, período em que Companhia de Jesus era uma das forças de organização social da América ibérica. Pretende-se identificar os contextos aos quais as mulheres indígenas estiveram envolvidas e foram vistas pelos padres como alvo de coerções e observar as reações dessa mulher em relação a estes atos. A ideia deste projeto teve origem em leitura e pesquisa previa realizada tanto em historiógrafa como nos relatos dos padres. Foi percebido que boa parte da historiografia se dedica à pesquisa sobre mulheres negras, forras ou escravas e a mulher de elite. Na leitura preliminar de relatos de jesuítas também se percebeu que os padres se referiam a mulher indígena para além de juízos morais, mas também focalizando o que entendiam como coerções cometidas contra este segmento. O mapeamento desta problemática nas fontes jesuíticas, portanto, promete contribuir para identificar na sociedade ibérica da época moderna os contextos específicos de violência vivenciados por um segmento em especial, a mulher indígena, e para identificar o surgimento de um discurso defensivo destas mulheres já nesta época.