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"Eu, Francelina Juguleto, que, junto com minha filha, matei meu marido": a produção do corpo feminino pelos discursos criminais e as contracondutas femininas (RS, 1940)

Processo: 18/11491-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2018
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2020
Área de conhecimento:Ciências Humanas - História
Acordo de Cooperação: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Pesquisador responsável:Luzia Margareth Rago
Beneficiário:Paloma Almada Czapla
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Subjetividade   Mulheres   Crime
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:contraconduta | crime | mulheres | subjetividade | Gênero e subjetividade

Resumo

Este projeto tem como ponto de partida um crime de homicídio ocorrido em 1940 na pequena comunidade rural de Benjamin Constant, localizada no município de Erechim, no interior do Rio Grande do Sul. Trata-se do crime cometido por Francelina França Juguleto, que, munida de uma mão de pilão, matou seu marido junto com a filha. O caso chocou as autoridades e a população local, e ficou documentado no processo-crime que se instaurou após o homicídio. A partir dessa fonte, busco entender os discursos criminais que foram ativados para, de um lado, criminalizar a acusada e constituí-la enquanto um ser anormal e delinquente; e, de outro, paradoxalmente, para absolvê-la a partir do argumento da legítima defesa pela honra. Além disso, pretendo compreender as redes de poder que permeavam as subjetividades femininas, e que sujeitavam as mulheres em um ideal de feminilidade e docilidade a que Francelina claramente não correspondeu. Dessa forma, entendo que as ações da protagonista podem ser lidas como contracondutas femininas que, na esteira de Michel Foucault e da teoria feminista, mostram como a constituição da subjetividade nunca é simplesmente uma submissão aos modelos de gênero instituídos, mas um devir entre modos de sujeição e transgressão.

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Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
CZAPLA, Paloma Almada. O corpo como campo de batalha: tramas de mulheres acusadas de homicídio (1930–1950). 2021. Dissertação de Mestrado - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Campinas, SP.