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O corpo como campo de batalha: tramas de mulheres acusadas de homicídio (1930–1950)

Texto completo
Autor(es):
Paloma Almada Czapla
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Data de defesa:
Membros da banca:
Luzia Margareth Rago; Luana Saturnino Tvardovskas; Marcos César Alvarez
Orientador: Luzia Margareth Rago
Resumo

Este trabalho investiga processos criminais de mulheres acusadas de homicídio no Rio Grande do Sul, entre as décadas de 1930 a 1950, tendo como ponto de partida o caso de uma mulher denunciada por assassinar o companheiro. O objetivo é analisar a disputa de narrativas encontradas nas fontes judiciais e a discussão se desdobra em três eixos analíticos: pensar as condições histórico-culturais que possibilitaram esses crimes; apontar como o sistema judicial operava segundo imaginários coloniais e sexistas; e entender como o ideal de feminilidade construído pela ciência médica e criminológica influenciou os desfechos das histórias abordadas. O argumento central é de que essas tramas revelam mecanismos de sujeição e normatização, mas também permitem deslocamentos em relação aos estereótipos de gênero e indicam que os corpos femininos nunca são meros receptáculos do poder ou matérias inertes a aceitar as violências e os discursos a eles direcionados – são corpos que podem recusar e subverter as tecnologias criadas para dirigi-los e normatizá-los. A pesquisa norteia-se teórica e metodologicamente pelas epistemologias feministas e pela filosofia foucaultiana (AU)

Processo FAPESP: 18/11491-9 - "Eu, Francelina Juguleto, que, junto com minha filha, matei meu marido": a produção do corpo feminino pelos discursos criminais e as contracondutas femininas (RS, 1940)
Beneficiário:Paloma Almada Czapla
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado