Bolsa 20/07673-4 - Pandemias, Infecções por Coronavirus - BV FAPESP
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Ensaio clínico de inibição de bradicinina em adultos hospitalizados com COVID-19 grave

Processo: 20/07673-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de julho de 2020
Data de Término da vigência: 25 de julho de 2021
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Pesquisador responsável:Licio Augusto Velloso
Beneficiário:Rafael Ludemann Camargo
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Médicas (FCM). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:13/07607-8 - CMPO - Centro Multidisciplinar de Pesquisa em Obesidade e Doenças Associadas, AP.CEPID
Assunto(s):Pandemias   Infecções por Coronavirus   COVID-19   SARS-CoV-2   Síndrome respiratória aguda grave   Enzima conversora da angiotensina 2   Bradicinina   Antagonistas de receptor B2 da bradicinina   Icatibanto   Função pulmonar
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:bradicinina | Covid19 | Pandemia | Síndrome Respiratória Aguda Grave | Clínica Médica

Resumo

A pandemia do novo vírus de síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2) já foi confirmada em mais de 330mil pessoas sendo responsável por mais de 14 mil mortes em todo o mundo (Organização Mundial de Saúde, dados oficiais do dia 23 de marco de 2020). O tratamento atual para os casos graves se baseia em suporte respiratório, uso de uma variedade de antibióticos com eventual oxigenação extracorpórea; entretanto os resultados ainda são insatisfatórios. Pesquisadores demonstraram que o vírus se liga a Enzima Conversora de Angiotensina 2 (ECA2) para ter acesso às células. Essa enzima é fundamental na inativação da Angiotensina II (ANGII) e da bradicinina. O acúmulo de bradicinina nos pulmões é um efeito comum após o uso de inibidores da ECA com consequência aumento de tosse. Em estudos com modelos animais, a inativação de ECA2 leva a pneumonite grave após administração de lipopolissacarídeos (LPS) e a inibição da bradicinina recupera completamente a função e estrutura pulmonar. Como a pneumonia é o quadro de maior intensidade e marcadorda progressão da doença, nossa hipótese é de que o aumento de bradicinina é o principal elo entre a infecção pelo SARS-CoV-2 e a inibição da ECA2 resultando numa síndrome respiratória grave. OBJETIVO: Avaliar a eficáciade dois inibidores farmacológicos da bradicinina, o inibidor de C1 esterase/calicreina (Berinert®, CSL BehringGmbH) e o inibidor do receptor 2 de bradicinina, o icatibanto (Firazyr®, Shire) em pacientes graves hospitalizados por SARS-CoV-2. METODOLOGIA: Este é um ensaio clínico aberto randomizado a ser realizado no Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas, Brasil. Cento e oitenta pacientes serão divididos na proporção 1:1:1 para receber: i) o suporte básico estabelecido por ensaios clínicos já publicados, que incluem suporte de oxigênio, ventilação mecânica invasiva e não invasiva, uso de antibióticos, uso de vasopressor eterapia de suporte renal; ou, ii) Berinert, 20 U/Kg por via endovenosa, uma dose no dia da inclusão no estudo e uma dose no quarto dia; pacientes desse grupo receberão o mesmo procedimento de suporte básico oferecidopara o grupo controle; iii) Firazyr, 30 mg por via subcutânea 8/8 h por quatro dias; pacientes desse gruporeceberão o mesmo procedimento de suporte básico oferecido para o grupo controle. Os desfechos primários são recuperação completa com alta hospitalar ou morte; o acompanhamento será feito por 28 dias. Os critérios deinclusão serão: homens e mulheres com idade de 18 anos ou mais com RT-PCR positivo para SARS-CoV-2;pneumonia confirmada por tomografia computadorizada (CT) do tórax; saturação de oxigênio em ar ambiente de 94% ou inferior. Critérios de exclusão: Gestantes ou lactantes; pacientes com doença hepática grave (alaninaaminotransferase e/ou aspartato aminotransferase >5x acima do normal); nefropatia grave (transplantado derim ou dialise), infecção por HIV, câncer, angioedema hereditário, outras imunodeficiências, doença isquêmica domiocárdio pregressa, doença tromboembólica pregressa. Todos os pacientes do estudo e/ou seus parentes serãoinformados sobre os objetivos e riscos da pesquisa e deverão ler e assinar o Termo de Consentimento Livre eEsclarecido. (AU)

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