Os Pereira de Vasconcelos, o regresso e a construção do Estado nacional brasileiro (1837-1840)

• Processo: 20/04701-7
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2021
• Data de Término da vigência: 27 de julho de 2024
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - História - História do Brasil
• Pesquisador responsável: João Paulo Garrido Pimenta
• Beneficiário: Kelly Eleutério Machado Oliveira
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Bolsa(s) vinculada(s): 22/14571-9 - Os irmãos Vasconcelos, a contrarrevolução miguelista e as relações entre Brasil e Portugal (1826-1834), BE.EP.PD
• Assunto(s): História do Brasil Império
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Construção do Estado Nacional Brasileiro | Irmãos Vasconcelos | Regresso Conservador | História do Brasil Império

Resumo

Desdobramento da minha tese de doutorado, cujo objetivo foi estudar a constituição de poderes intermediários na organização política do Estado brasileiro no século XIX, este projeto pretende, com o auxílio da metodologia da história conectada, estudar o regresso conservador no Brasil (1837-1840) - sistema político que se caracterizou pela defesa da escravidão, do tráfico e da centralização política - a partir da trajetória de três filhos de Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos: Bernardo, Jerônimo e Francisco. Bernardo Pereira, político cuja biografia foi retratada por Salomão de Vasconcelos (1953), Otávio Tarquínio de Sousa (1960), José Murilo de Carvalho (1999) e muitos outros, teve participação política decisiva em questões caras à nação brasileira, a exemplo da escravidão e do tráfico. Seu irmão, Francisco Diogo, cuja trajetória pouco se conhece, o ajudou a consolidar a política do regresso ao se eleger deputado da Assembleia Provincial de Minas Gerais, a província com o maior número de escravos do Brasil oitocentista. A trajetória, também pouco conhecida, do militar Jerônimo Pereira de Vasconcelos, que se mudou para Coimbra no início do século XIX, nos interessa na medida que nos permitirá estabelecer os limites entre o regresso, no Brasil, e a contrarrevolução miguelista, em Portugal. O seu envolvimento nos conflitos que se opuseram a d. Miguel indica, ainda, a persistência de vínculos que uniam Brasil e Portugal mesmo após a independência da ex-colônia portuguesa da América. Por fim, estudar o regresso conservador coloca outra questão, igualmente relevante: como os seus defensores entenderam o papel das províncias do Império do Brasil e as instituições de poder intermediário que a representavam, a exemplo das Assembleias Provinciais?