Entre a fábrica de software e a plataforma digital: as condições de trabalho dos programadores de software

• Processo: 20/15078-9
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de maio de 2021
• Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Sociologia - Outras Sociologias Específicas
• Pesquisador responsável: Henrique José Domiciano Amorim
• Beneficiário: Guilherme Henrique Guilherme
• Instituição Sede: Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Guarulhos. Guarulhos , SP, Brasil
• Bolsa(s) vinculada(s): 23/04254-9 - Entre a fábrica de software e a plataforma digital: o trabalho dos desenvolvedores de software no contexto da plataformização e das metodologias ágeis, BE.EP.DR
• Assunto(s): Sociologia do trabalho Condições de trabalho Programadores Plataformas digitais Desenvolvimento de software Produção industrial Indústrias Campinas (SP)
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Condições de trabalho | Fábrica de Software | Programadores de software | Trabalho em plataformas digitais | Sociologia do trabalho

Resumo

Esta pesquisa tem por finalidade desenvolver um estudo acerca do trabalho dos programadores de software traçando um comparativo entre os que trabalham dentro de fábricas de software e os que programam a partir de plataformas digitais. Assim, partindo dessa perspectiva comparativa, analisaremos as formas de exploração, controle e monitoramento do trabalho dos programadores de software na atualidade. Por um lado, discutiremos como as formas de organização baseadas no toyotismo operam dentro das fábricas de software do polo tecnológico de Campinas e quais as possibilidades de subordinação desta força de trabalho por meio das metodologias ágeis. Por outro, abordaremos as plataformas digitais, questionando esta nova forma de organizar e gerenciar o trabalho que parece abrir novas fronteiras produtivas e de trabalho. Neste sentido, partimos da hipótese de que a plataformização seria uma maneira de radicalizar as formas de exploração do trabalho. Discutiremos, dessa forma, até que ponto o trabalho de programação e desenvolvimento de software pode ser gerido por meio dessas plataformas digitais e quais são as tendências desse trabalho no contexto do mercado de trabalho no Brasil, buscando responder às questões: 1) é possível que esse trabalho informacional, à primeira vista criativo, tenha suas características apropriadas pela gerência do trabalho, por meio das metodologias ágeis, se tornando um trabalho repetitivo e facilmente substituível?; 2) quais são as tendências de plataformização desse tipo trabalho?; 3) esta pode se tornar a maneira predominante de organização deste tipo de produção e de trabalho ou, ao menos, uma maneira que tenha uma incidência socialmente relevante? Para isso, além do levantamento e discussão bibliográfica, realizaremos uma pesquisa empírica por meio de entrevistas qualitativas com trabalhadores do setor. (AU)