Efeitos do tratamento com o extrato da Banisteriopsis caapi na modulação do aprendizado emocional em animais com a lesão seletiva do Locus coeruleus

• Processo: 21/06490-6
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2021
• Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2023
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Farmacologia - Neuropsicofarmacologia
• Pesquisador responsável: Ariadiny de Lima Caetano
• Beneficiário: Santhiago Calvelo Graça
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho. São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Neurofarmacologia Doença de Parkinson Memória Locus cerúleo Banisteriopsis Modelos animais
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Banisteriopsis caapi | memória | Parkinson | Neurofarmacologia

Resumo

O cérebro humano é composto por inúmeras vias de sinalização, as quais se relacionam a diversas moléculas e possuem a função de manter a homeostase corporal. Nesse contexto, a memória é uma das capacidades humanas que mais associa vias de sinalização para que seu funcionamento seja adequado. Diante disso, o Locus coeruleus possui a função de coordenar as ações do Hipocampo e da Amígdala, que são as principais estruturas relacionadas ao processo de memorização. O Locus coeruleus é o único local produtor de norepinefrina no sistema nervoso central (SNC). Por meio desse composto, que possui duas formas de disparo – tônica e fásica -, ocorre o controle do estado de despertar e de vigília, além de promover a atenção concentrada. Ao estimular o tálamo e as fibras corticais, o Locus coeruleus contribui para a manutenção da excitação cerebral, modulando a formação da memória por meio de ações na amígdala e no hipocampo. Contudo, muitas doenças degenerativas - que estão cada vez mais presentes em nossa sociedade devido à maior longevidade -, possuem como caraterística a degeneração dessa região do SNC (como, por exemplo, na doença de Parkinson). Consequentemente, diversas vias encontram-se afetadas, comprometendo, assim, o processo de aprendizagem e construção da memória. Em virtude disso, estudos que possuem como objetivo manter o bom funcionam do Locus coeruleus são de grande valia. Nesse sentido, a Ayahuasca (em especial a Banisteriopsis caapi, que a compõe) vem sendo estudada e aplicada em modelos animais com depleção do Locus coeruleus. O princípio ativo da Ayahuasca supracitado ativa regiões cerebrais relacionadas ao aprendizado emocional e aos processos de memória, como o giropara hipocampal, o córtex cingulado anterior e a amígdala. Posto isso, esse trabalho visa estudar os efeitos do tratamento com o extrato da B. caapi na modulação do aprendizado emocional em animais com a lesão seletiva do Locus coeruleus. (AU)