Ontologia, metáfora e literatura moderna em Merleau-Ponty

• Processo: 21/06235-6
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de junho de 2022
• Data de Término da vigência: 30 de abril de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
• Pesquisador responsável: Silvana de Souza Ramos
• Beneficiário: Iracy Ferreira dos Santos Júnior
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 18/19880-4 - Poder, conflito e liberdade: Espinosa e os percursos da Filosofia Política Moderna e Contemporânea acerca da democracia, AP.TEM
• Bolsa(s) vinculada(s): 23/03706-3 - Merleau-Ponty leitor de Proust: Um estudo da relação entre filosofia e literatura a partir dos cursos Le Problme de la parole (1953-1954) e L'institution, la passivité (1954-1955), BE.EP.DR
• Assunto(s): Filosofia contemporânea Literatura moderna Maurice Merleau-Ponty Linguagem Metáfora
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Linguagem | literatura moderna | Merleau-Ponty | metáfora | ontologia | Filosofia Francesa Contemporânea

Resumo

Neste projeto, pretende-se investigar o estatuto e a função que a literatura moderna possui no trabalho filosófico de Merleau-Ponty. Literatura que se revela como espontaneidade, modo indireto de significação, o qual conserva a ambiguidade e a fecundidade de um exercício contínuo de criação e de descoberta do próprio sensível. Para isso, demonstrar-se-á como, nos quatros primeiros cursos no Collège de France (RULL, MSME, PbP, IP), o contato de Merleau-Ponty com a literatura moderna de Proust e de outros escritores fomenta o estudo de uma palavra criadora, capaz de expressar o sensível e revestir-se de uma dimensão ontológica, assim como de sedimentar o sentido da história e da cultura e instituir novas matrizes simbólicas para a noção de verdade e para as relações intersubjetivas. Espera-se afirmar que esse primeiro período inaugura um caminho que será aprofundado por Merleau-Ponty nos escritos Le visible et l'invisible e Notes de cours, na tentativa de deslindar uma ontologia da literatura moderna, que encontra na metáfora, em sua convergência com a poética, o desdobramento de um poder expressivo da linguagem, e tem como tarefa desvelar o quiasma entre o visível e o invisível, entre o escritor e o sensível e a reversibilidade entre silêncio e linguagem. Por fim, ambiciona-se defender que o protagonismo da literatura moderna em Merleau-Ponty reafirma e sustenta a hipótese de que ela é imprescindível para a construção de sua nova ontologia. (AU)