Busca avançada
Ano de início
Entree

A alma em Elisabeth da Boêmia: uma crítica ao dualismo cartesiano

Processo: 21/14838-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2022
Data de Término da vigência: 23 de março de 2027
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
Pesquisador responsável:Tessa Moura Lacerda
Beneficiário:Rafael Teruel Coelho
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:18/19880-4 - Poder, conflito e liberdade: Espinosa e os percursos da Filosofia Política Moderna e Contemporânea acerca da democracia, AP.TEM
Bolsa(s) vinculada(s):23/00055-1 - Virtude, beatitude e doenças: objeções de Elisabeth da Boêmia à moral cartesiana, BE.EP.DR
Assunto(s):Alma
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:alma | dualismo cartesiano | Elisabeth da Boêmia | René Descartes | União Substancial | História da Filosofia Moderna

Resumo

O objetivo desta pesquisa é investigar a concepção de alma de Elisabeth da Boêmia à luz de sua correspondência com Descartes. Em suas primeiras cartas ao filósofo, Elisabeth argumenta da seguinte maneira: diferentemente do que Descartes defendia, a alma precisaria possuir uma espécie de "função extensa não essencial" que pudesse viabilizar a sua interação com o corpo. Ela acreditava que, somente desse modo, o espírito poderia determinar as ações voluntárias, isto é, alterar os movimentos do corpo com a finalidade de cumprir algum propósito. Essa necessidade de "materializar" a alma, embora pareça não culminar em um materialismo estrito, pode ser caracterizada como uma espécie de "materialismo não redutivo" (ou "nuançado"). Entretanto, mesmo que Elisabeth não reduza o espírito a simples movimentos corporais, ainda assim a sua visão parece se distanciar da proposta ontológica cartesiana, sobretudo porque Descartes jamais abdicou de seu dualismo em face da tese da união substancial. Diante disso, nossas hipóteses centrais apontam nas seguintes direções: I) o materialismo "nuançado" de Elisabeth se desenvolve como uma reação ao dualismo cartesiano; II) ele se alicerça na perspectiva mecanicista de Descartes; III) ele se constitui a partir dos escritos dos principais objetores do filósofo, como Antoine Arnauld e Pierre Gassendi.

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre a bolsa:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)