Molecularização da violência: o impacto da tecnologia no emprego da força

• Processo: 22/16443-8
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de março de 2023
• Data de Término da vigência: 30 de abril de 2024
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Ciência Política - Política Internacional
• Pesquisador responsável: Héctor Luis Saint-Pierre
• Beneficiário: Mayara Zorzo
• Instituição Sede: Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais (IPPRI). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Segurança internacional Tecnologia Violência
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Segurança Internacional | tecnologias | Violência | Segurança Internacional e Defesa

Resumo

As novas capacidades tecnológicas e seu potencial de inserção social foram incorporadas ao repertório temático das Relações Internacionais. Não é por acaso: sua penetração sociotecnológica parece dissolver conceitos clássicos desse campo de estudo. Limites conceituais, como entre o nacional ou o internacional, entre a paz e a guerra, entre objetivo militar e civil, marcados pela modalidade do emprego da violência, desvanecem ante a tecnologia. Assim como essas novas capacidades tecnológicas fornecem vantagens estratégicas no campo militar, também possibilitam novas formas de disputas e garantia de vantagens no âmbito político, econômico e social. Por isso, o impacto tecnológico tornou-se objeto das RI desde diferentes abordagens. Aqui nos questionamos sobre as implicações do desenvolvimento tecnológico à reprodução das várias formas de violência. Destacamos, nesse processo, dois aspectos centrais: a) a modulação ou mesmo substituição da subjetividade na percepção das ameaças, e; b) o seu emprego no exercício da violência, desde a multidimensional "visão global" dos campos de batalha, até a violência psicológica do autocontrole induzido. Entendemos que as formas de violência não se limitam ao confronto militar direto, mas também adquirem um potencial molecularizado. Avaliaremos o desenvolvimento tecnológico e suas implicações e, principalmente, como as formas de repressão e violência são conservadas ou adaptadas na realidade atual. Empregaremos a metodologia qualitativa pautada na análise de textos históricos políticos e sociológicos, procurando insumos para as reflexões que nos permitam destacar o impacto das tecnologias nas práticas de segurança.