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ALTERAÇÕES DO CITOESQUELETO DE ASTRÓCITOS e GLIOBLASTOMAS U138 INDUZIDAS PELA TOXINA FOSFOLIPÁSICA A2 B-MICRUSTOXINA ISOLADA DO VENENO DA SERPENTE MICRURUS LEMNISCATUS.

Processo: 22/15518-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2023
Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2023
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Farmacologia - Toxicologia
Pesquisador responsável:Solange Castro Afeche
Beneficiário:Caio Henrique Tida Oliveira
Instituição Sede: Instituto Butantan. Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Actinas   Citoesqueleto   Fosfolipases A2
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Actina | Astrócitos e glioblastoma | Beta-micrustoxina | Citoesqueleto | Fosfolipase A2 | Micrurus | tubulina | Toxinologia

Resumo

Toxinas com atividade de fosfolipase A2 (FLA2) são encontradas em venenos de serpentes das famílias Elapidae e Viperidae e são caracterizadas por sua atividade neurotóxica, ocasionando bloqueio da junção neuromuscular devido à sua ação pré-sináptica. Apesar de a ação dessas toxinas ocorrer na junção neuromuscular, vários estudos utilizaram células neuronais centrais para caracterizar seus mecanismos de ação e estas se mostraram um bom modelo. Pouco se conhece, no entanto, sobre as atividades desempenhadas por essas enzimas em células da glia, como os astrócitos, sendo que este tipo celular desempenha funções importantes tanto no sistema nervoso central quanto periférico. Trabalhos de nosso laboratório mostraram que uma toxina FLA2 isolada do veneno da serpente Micrurus lemniscatus, a B-micrustoxina (anteriormente Mlx-9), induziu morte celular em neurônios hipocampais e reduziu a viabilidade e a proliferação celular de astrócitos, com um predomínio da fase G2/M do ciclo celular. Além disso, essa toxina induziu o aumento das proteínas regulatórias do ciclo celular p53, p21 e p27 em astrócitos. Em glioblastomas, U138 e U251, a B-micrustoxina reduziu a viabilidade celular. Trabalhos da literatura têm mostrado a ativação de p53 após desarranjos no citoesqueleto, por exemplo na formação do fuso mitótico e centrossomo. Assim, o objetivo deste estudo será caracterizar as ações da toxina FLA2 B-micrustoxina, isolada do veneno da serpente Micrurus lemniscatus, em astrócitos e glioblastomas em cultura, quanto à integridade do citosqueleto. Para tanto, astrócitos de ratos Wistar serão obtidos por dissociação enzimática e mantidos em cultura em meio DMEM + 10% SFB, a 37°C, 5% CO2. Os glioblastomas humanos U138, com origem astrocitária, serão adquiridos da ATCC e mantidos em cultura em meio DMEM + 10% SFB. As células serão tratadas com a B-micrustoxina (2 e 20nM) por 24h e o citoesqueleto avaliado em microscopia confocal utilizando os fluoróforos SiR-actina e Sir- tubulina. Será analisada também a proliferação celular dos glioblastomas U138. Este estudo pretende contribuir para o melhor entendimento dos eventos celulares que levam à toxicidade induzida pela B-micrustoxina, do veneno da serpente Micrurus leminiscatus, em células neuronais, astrócitos e glioblastomas e abre perspectivas de novos alvos a serem explorados visando uma possível utilização terapêutica.

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