Efeitos de eventos extremos de temperatura e aumentos na média de temperatura sobre a resposta imune e seus mediadores endócrinos e moleculares em sapos (Rhinella diptycha)

• Processo: 23/00235-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado Direto
• Data de Início da vigência: 01 de junho de 2023
• Data de Término da vigência: 30 de junho de 2027
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Fisiologia - Fisiologia Comparada
• Pesquisador responsável: Fernando Ribeiro Gomes
• Beneficiário: Alan Siqueira Lima
• Instituição Sede: Instituto de Biociências (IB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Ecofisiologia Anfíbios Sapos Bioclimatologia Temperatura Eventos climáticos extremos Alta temperatura Resposta imune
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Anfíbios | bioclimatologia | Ecoimunologia | Temperatura | Ecofisiologia

Resumo

Atualmente, existe um esforço crescente da academia científica em investigar os efeitos oriundos das mudanças climáticas sobre a fauna. Entretanto, essas investigações estão majoritariamente limitadas a estudos sobre as repercussões do aumento da média global de temperatura, enquanto a ocorrência de eventos climáticos extremos (ECEs) se mantém pouco explorada. ECEs têm aumentado em amplitude, duração e frequência rapidamente, e possuem efeitos confirmados desde o nível de comunidades até do organismo. Neste último, efeitos altamente deletérios sobre diversas funções fisiológicas de várias espécies já foram detectados, incluindo impactos sobre a imunidade. O presente projeto se propõe a investigar as alterações em amplitude e duração de ECEs de altas temperaturas como potenciais estressores e suas repercussões na secreção de mediadores endócrinos da resposta de estresse (glicocorticoides e catecolaminas), moduladores moleculares (citocinas e heat-shock proteins) e funções imunológicas (atividade fagocítica, capacidade bactericida plasmática e relação neutrófilo:linfócito), em sapos (Rhinella diptycha). Esse estudo será de grande relevância para entender melhor os processos fisiológicos subjacentes aos efeitos deletérios de ECEs detectados na escala organismal e populacional por estudos anteriores. Isto é de especial relevância para anfíbios, os quais estão atualmente vivenciando rápido declínio populacional diretamente associado às mudanças climáticas e doenças emergentes. Desse modo, faz-se necessário aprofundar o conhecimento sobre as diversas facetas das mudanças nos regimes de temperatura e suas repercussões sobre imunidade de anfíbios. (AU)