Bolsa 22/15975-6 - Ecofisiologia animal, Fisiologia animal - BV FAPESP
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Implicações da desidratação e a temperatura na fisiologia e no comportamento durante a estivação dos sapos-pés de chumbo ibéricos (Pelobates cultripes)

Processo: 22/15975-6
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado
Data de Início da vigência: 26 de abril de 2023
Data de Término da vigência: 25 de abril de 2024
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Fisiologia - Fisiologia Comparada
Pesquisador responsável:Fernando Ribeiro Gomes
Beneficiário:Estefany Caroline Guevara Molina
Supervisor: Ivan Gomez-Mestre
Instituição Sede: Instituto de Biociências (IB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Estación Biológica de Doñana, Espanha  
Vinculado à bolsa:22/00330-0 - Efeitos integrativos da tolerância térmica e da desidratação nos estágios iniciais de vida de pererecas neotropicais, BP.DR
Assunto(s):Ecofisiologia animal   Fisiologia animal   Desidratação   Estivação   Estresse   Temperatura   Mudança climática   Sapos
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Desidratação | estivação | estresse | Fisiologia | Mudanças Climáticas | Temperatura | Ecofisiologia e comportamento

Resumo

Uma das consequências ambientais mais frequentes das mudanças climáticas atuais são as altas temperaturas e as secas em várias regiões do mundo. A Europa e especificamente a Península Ibérica são uma das regiões que estão a ser severamente afetadas por estes eventos climáticos extremos. Nesse contexto, os anuros são o grupo de vertebrados mais afetados, pois, para se reproduzir e sobreviver, dependem fortemente da temperatura e umidade do ambiente. Além disso, os anuros passam por diferentes estágios de vida, colonizando ambientes aquáticos e terrestres. Vários estudos têm explorado os efeitos do calor e da desidratação na fisiologia e no comportamento desses organismos em diferentes fases da vida, como girinos e adultos. Momentos importantes como a estação reprodutiva também têm sido considerados para revelar as respostas fisiológicas e comportamentais desses organismos durante a reprodução em condições climáticas estressantes. No entanto, estudos integrativos entre temperatura e desidratação para entender as consequências fisiológicas de outros momentos cruciais para muitas espécies de anuros de clima temperado, como a estivação, são relativamente escassos. Durante a estação seca na Europa, a maioria das espécies de anuros estivam para sobreviver ao calor e à seca antes da estação reprodutiva. Esta tem sido uma resposta relativamente bem-sucedida para muitas espécies. No entanto, não conhecemos os efeitos integrados da desidratação e das altas temperaturas durante a estivação tanto na fisiologia quanto no comportamento dos anuros. Durante o período de abril de 2023 a abril de 2024 pretendemos realizar um projeto de ecofisiologia integrativa avaliando os efeitos da desidratação e da temperatura durante a estivação de Pelobates cultripes, uma espécie distribuída ao longo da Península Ibérica. Pretendemos explorar a nível fisiológico medindo as concentrações de corticosterona e aldosterona na urina de indivíduos que serão submetidos experimentalmente à estivação em substratos úmidos e secos. Os níveis de corticosterona e aldosterona nos darão informações sobre estresse e osmorregulação dos indivíduos durante os experimentos. Além disso, estimaremos a taxa metabólica basal dos indivíduos. Como sabemos que a desidratação pode reduzir a tolerância térmica dos anuros, exploraremos se a estivação combinada com a desidratação alterará a tolerância térmica dos indivíduos. Para isso, mediremos o máximo térmico voluntário dos indivíduos após experimentos de estivação. Esperamos descobrir que os indivíduos que façam estivação em substratos secos vão ter maior sensibilidade térmica e toleraram temperaturas mais baixas em seus ambientes. Com tudo, este projeto visa compreender as implicações fisiológicas e comportamentais do calor e da desidratação durante e após a estivação. Este projeto pode ser replicado em outras espécies de anuros tanto em regiões temperadas quanto tropicais, que enfrentam os constantes desafios das mudanças climáticas e para as quais são necessárias mais informações sobre seus mecanismos fisiológicos e comportamentais de resposta a esses cenários. (AU)

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