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Revolução e tempo em Hannah Arendt

Processo: 22/02216-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de julho de 2023
Data de Término da vigência: 30 de junho de 2026
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
Pesquisador responsável:Oswaldo Giacoia Junior
Beneficiário:Thiago Dias da Silva
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):23/14044-1 - Revolução e tempo em Hannah Arendt, BE.EP.PD
Assunto(s):Estado   Fenomenologia   Revolução   Tempo   Filosofia política
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Arendt | Estado | fenomenologia | Marx | Revolução | Tempo | Filosofia política

Resumo

O presente projeto pretende ampliar e aprofundar uma interpretação da obra de Hannah Arendt. Nesta interpretação, o tempo, como elemento ontologicamente estruturante, ganha destaque no pensamento da autora. Esta escolha é justificada pela ênfase interpretativa sobre a importância do movimento fenomenológico no pensamento arendtiano.Os estudiosos da obra de Arendt sempre aceitam, a partir da biografia da autora, que ela pertence ao movimento fenomenológico, mas ainda não desenvolveram a contento o que seria uma fenomenologia propriamente arendtiana. Há, é verdade, uma série de estudos dedicados às relações intelectuais entre Arendt e Martin Heidegger, um dos pilares da fenomenologia, mas estes estudos, embora úteis, não costumam buscar uma fenomenologia propriamente arendtiana e frequentemente apresentam o defeito de reduzir Arendt a uma "heideggeriana".A fim de contribuir para a formulação de uma fenomenologia arendtiana, minha interpretação enfatiza o papel da ruptura com a tradição, que é tema decisivo para o movimento fenomenológico como um todo, mas, seguindo o caminho propriamente arendtiano, propõe que Karl Marx é o ponto decisivo para esta fenomenologia. Os estudos dedicados às relações entre Arendt e Marx até mencionam seu papel de "rebelde que rompeu com a tradição", mas raramente desenvolvem esta ideia a fundo e, menos ainda, encaixam-na em uma fenomenologia arendtiana.Assim como propus em minha tese que Arendt se apoia em Marx para formular um conceito pós-fundacional de ser humano em A condição humana, proponho agora que ela realiza procedimento análogo em Sobre a revolução a fim de desmontar o conceito de corpo político. Mostrei na tese que, em A condição humana, esta operação se apoia em Marx, como chave histórica, e na noção de tempo, como chave ontológica. Proponho mostrar agora que, também em Sobre a revolução, Marx e o tempo aparecem como chave histórica e ontológica para desmantelar o conceito tradicional de corpo político. Em comum aos dois livros, há o conceito de início, mobilizado como finca ontológica capaz de impedir a essencialização da política.

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