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"Quem te batizou as pernas, menino?". Análise das relações socio-estruturais entre religiosidades de matrizes africanas e capoeira em São Paulo

Processo: 23/04084-6
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2023
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2024
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia - Antropologia das Populações Afro-brasileiras
Pesquisador responsável:Vagner Gonçalves da Silva
Beneficiário:Antonio José de Medeiros Junior
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Candomblé   Capoeira   Cultura afro-brasileira   Umbanda
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:candomblé | capoeira | cultura afro-brasileira | Umbanda | Religiões afro-brasileiras - capoeira

Resumo

Este projeto tem por objetivo analisar as relações socio-estruturais que se estabelecem entre a capoeira (regional e angola) e as religiões de matrizes africanas (especialmente candomblé e umbanda) que são manifestações étnico-culturais de origem negra alçadas a categoria de símbolos de identidade nacional. Consideramos que estas práticas por terem sido gestadas a partir de experiências comuns vividas em contextos de sociabilidades negras apresentam elementos compartilháveis em termos simbólicos, políticos e identitários, como as cosmologias relacionadas às divindades de origem africana, relação com o corpo e formas de resistência contra a desigualdade social, opressão e racismo. No candomblé e na capoeira, por exemplo, a cabeça (ori) e as pernas (ese) são pontos de contato sacralizados tendo o chão (residência dos ancestrais) como referência; no candomblé a iniciação toma a cabeça como centro; na capoeira, inversamente, as pernas é que são "batizadas" ocupando o lugar da cabeça. A pesquisa pretende analisar estas confluências, complementaridades e paralelismos em termos dos seus sistemas de inserção, nominação, hierarquia e pertencimento, instrumentos musicais, repertório de letras e ritmos, formação do evento e espaço, expressão corporal e linguagem gestual, entre outras que se mostrarem significativas. No plano metodológico pretende-se: 1. Realizar observação participante em duas rodas de capoeira: uma existente há sete décadas na Praça República, região central de São Paulo, e outra no Núcleo de Artes Afro-brasileiras da Universidade de São Paulo, onde o solicitante desta bolsa é praticante de capoeira. 2. Coletar depoimentos (entrevistas) de capoeiristas adeptos das religiosidades afro-brasileiras. 3. Coletar, em menor escala e apenas como contraponto, alguns depoimentos de capoeiristas evangélicos que nos últimos tempos tem negado vínculos simbólicos entre capoeira e práticas de terreiro

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