A influência da proximidade social na resposta à violência contra a mulher: estudos comportamentais e eletroencefalográficos

• Processo: 23/06917-5
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2023
• Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2027
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Psicologia - Psicologia Experimental
• Pesquisador responsável: Paulo Sérgio Boggio
• Beneficiário: Letícia Yumi Nakao Morello
• Instituição Sede: Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS). Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). Instituto Presbiteriano Mackenzie. São Paulo , SP, Brasil
• Bolsa(s) vinculada(s): 24/07255-9 - Diferenças entre tipos de julgamento moral sobre o julgamento de situações de violência contra parceiras íntimas, BE.EP.DR
• Assunto(s): Neurociências Eletroencefalografia Violência de gênero Violência contra a mulher
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Amigo | Eletroencefalografia | violência de gênero | Neurociências

Resumo

O combate à violência contra a mulher motivou a criação de leis específicas no Brasil, como a Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340/2006) e a Lei do Feminicídio (Lei nº 13.104/2015), além de ser uma das metas da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. A reação das pessoas procuradas por mulheres vítimas de violência como rede de apoio impacta as chances de denúncia contra o agressor. Apesar de acreditar que interferir em casos de agressão é o que deve ser feito, um estudo de nosso laboratório indicou que há uma diminuição na oferta de ajuda se o agressor for um amigo, mas os mecanismos subjacentes a isso não foram investigados. O presente estudo visa investigar como o grau de proximidade social com o agressor pode afetar a concordância com atitudes violentas contra mulheres e se a concordância é deliberada ou baseada em processos cognitivos automáticos de quebra de expectativa sobre normas sociais. Para isto, serão conduzidos dois experimentos em que a atividade encefalográfica dos participantes será mensurada enquanto estes avaliam as respostas de um amigo e de um desconhecido sobre as chances (nula , baixa ou alta) destes se envolverem em comportamentos agressivos contra mulheres. Estas chances serão, na verdade, programadas previamente e distribuídas igualmente entre os agentes (amigo e desconhecido). Os participantes serão informados sobre isso ao término do estudo. No primeiro experimento, as chances se referirão a comportamentos agressivos contra mulheres sem vínculo com o agressor; já no segundo experimento, as chances de agressão serão voltadas às respectivas parceiras dos agentes (amigo e desconhecido) usando diferentes ações dessas mulheres como justificativa. Analisaremos o comportamento com base nas respostas dos participantes e a atividade encefalográfica com base no padrão do componente denominado Medial Frontal Negativity (MFN), relacionado à quebra de expectativas em contextos sociais. (AU)