Mulheres pardas e o gostar de si: agenciamentos do padrão estético baseado na hierarquia racial

• Processo: 23/11046-3
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2024
• Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2025
• Área de conhecimento: Interdisciplinar
• Pesquisador responsável: Cristiane Gonçalves da Silva
• Beneficiário: Sara Santos Costa
• Instituição Sede: Instituto de Saúde e Sociedade (ISS). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Baixada Santista. Santos , SP, Brasil
• Assunto(s): Gênero Jovens
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: escrevivência | Gênero | Juventude | padrão estético | parda | racialização | Psicologia Social, Antropologia e Sociologia

Resumo

O Brasil passou por um processo de embranquecimento racial com o objetivo de buscar a "evolução" do povo brasileiro no período pós-colonial, gerando consequências ainda na sociedade atual. Em particular, as pessoas pardas tiveram e têm a vida marcada por esse processo histórico, vivenciando um limbo racial entre não ser branco e nem ser preto o suficiente. No caso de mulheres pardas, há de ser considerada a importância da estética para o universo feminino e o padrão de beleza brasileiro baseado em traços brancos que podem afetar a subjetividade e a relação de gostar de si de mulheres não-brancas. Assim, este estudo buscará compreender o modo como os padrões estéticos constituídos a partir da branquitude afetam a relação que jovens mulheres pardas estabelecem consigo mesmas. A metodologia do estudo é qualitativa, a partir da elaboração e execução de uma oficina com mulheres (cis/trans) que se autodeclaram pardas e tenham entre 18 a 29 anos. A oficina será orientada pela perspectiva do conceito de Escrevivência realizado por Conceição Evaristo, de forma que seja possível promover reflexões a partir do pensamento crítico sobre a própria existência e os atravessamentos inerentes à ser uma mulher racializada no contexto brasileiro.