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Desenvolvimento de candidato vacinal contra Schistosoma mansoni: produção, avaliação da imunogenicidade e ensaio vacinal de proteção em macacos rhesus

Processo: 23/13588-8
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2024
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2025
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Parasitologia - Helmintologia de Parasitos
Pesquisador responsável:Murilo Sena Amaral
Beneficiário:Filipe Vilaça Guimaraes de Oliveira
Instituição Sede: Instituto Butantan. Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Esquistossomose   Macacos rhesus   Schistosoma mansoni
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Candidato vacinal recombinante | esquistossomose | Expressão heteróloga de proteínas | macacos rhesus | Schistosoma mansoni | Helmintologia de Parasitos

Resumo

Os platelmintos do gênero Schistosoma são responsáveis por causar aesquistossomose, uma doença negligenciada que acomete mais de 200 milhões de pessoasmundialmente. Esses vermes têm um ciclo de vida heteroxênico, dependente de doishospedeiros para se desenvolverem por completo: caramujos do gênero Biomphalaria comohospedeiro intermediário, e um mamífero como hospedeiro definitivo. A doença acomete,principalmente, populações de regiões onde não há saneamento básico adequado, em que osindivíduos entram em contato com águas contaminadas pelo parasita. Os humanos infectadospodem desenvolver sintomas como febre, dor e inchaço abdominal, fadiga, paraplegia epodem vir a óbito. Essa doença possui considerável índice de mortalidade, principalmentequando não tratada, contudo, o maior impacto está na alta morbidade, que acomete milhões deindivíduos pela reinfecção e forma crônica da doença. O tratamento recorrente se baseia naadministração de praziquantel, único anti-helmíntico indicado. Entretanto, este medicamentonão é eficaz para prevenir reinfecções e já existem evidências de desenvolvimento deresistência parasitária. Portanto, uma maneira de contornar esse problema é odesenvolvimento de uma vacina que proteja contra a infecção pelos parasitas. Por ser umhelminto multicelular complexo, a construção de um imunizante é um desafio e dezenas decandidatos vacinais já foram testados, no entanto nenhum deles obteve sucesso até omomento. Portanto, a proposta deste projeto é testar, em macacos rhesus, se uma formulaçãovacinal composta de múltiplos peptídeos é capaz de conferir proteção contra a infecção por S.mansoni. Esses peptídeos foram selecionados como candidatos vacinais por terem sidoidentificados em estudos anteriores do nosso grupo como reconhecidos por anticorpos demacacos rhesus que se auto curaram da infecção por S. mansoni. As sequências gênicas quecodificam para esses peptídeos serão concatenadas em um construto quimérico, intercaladospor espaçadores, fusionados aos adjuvantes rhizavidina ou catelicidina, e clonados em vetoresde replicação e expressão. Os vetores contendo as sequências gênicas que codificam para oconstruto proteico quimérico, além da própria proteína quimérica, serão adquiridos naempresa Genescript. A proteína quimérica, adsorvida a vesículas de membrana externa, seráutilizada para imunização de macacos rhesus, nos quais serão aplicadas três doses, espaçadaspor quatro semanas. Seis macacos rhesus serão imunizados com a proteína quiméricafusionada a rhizavidina e outros seis macacos rhesus com a proteína quimérica fusionada acatelicidina. 12 semanas após a primeira dose de imunizante, os animais serão desafiados com700 cercárias de S. mansoni e, 20 semanas depois, serão perfundidos para recuperação depossíveis vermes sobreviventes. O curso da infecção será acompanhado pela quantificação doantígeno anódico circulante do parasita na circulação sistêmica dos macacos, pelaquantificação de ovos nas fezes e pela quantidade de vermes obtidos na perfusão. Essesparâmetros, a serem obtidos aqui nos macacos imunizados e desafiados, serão comparadosàqueles obtidos previamente em macacos não-imunizados e desafiados, em trabalho recentepublicado por nosso grupo de pesquisa. A resposta imune induzida nos macacos será medidapela avaliação da produção de anticorpos contra os peptídeos candidatos através de peptidearrays. Espera-se obter uma proteção total de macacos rhesus, induzida pela formulaçãovacinal testada, frente à infecção por S. mansoni.

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