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Doença de Alzheimer: ações de divulgação científica para público não especializado

Processo: 24/00599-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Jornalismo Científico
Data de Início da vigência: 01 de maio de 2024
Data de Término da vigência: 30 de abril de 2025
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Morfologia - Citologia e Biologia Celular
Pesquisador responsável:Marimélia Aparecida Porcionatto
Beneficiário:Isabella dos Santos Bonanni
Instituição Sede: Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:18/12605-8 - Desenvolvimento de microplataformas brain-on-a-chip para modelagem do sistema nervoso central in vitro, AP.TEM
Assunto(s):Divulgação científica   Doença de Alzheimer   Doenças neurodegenerativas   Neurobiologia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:brain-on-a-chip | Divulgação Científica | Doença de Alzheimer | doenças crônicas não transmissíveis | Doenças Neurodegenerativas | modelagem de doenças | Neurobiologia

Resumo

O aumento da expectativa de vida nas últimas décadas, ao mesmo tempo que reflete medidas positivas de saúde pública, impõe novos desafios pelo aumento da incidência de doenças crônicas não transmissíveis. Diabetes, doenças cardiovasculares e doenças neurodegenerativas, incluindo a doença de Alzheimer (DA), estão entre as principais doenças que afetam a saúde da população mundial na atualidade. A DA pode ser classificada em familiar (fAD, familial Alzheimer's disease) ou esporádica (sAD, sporadic Alzheimer's disease), sendo esta forma a mais prevalente, perfazendo de 90-95% dos casos. O número de pessoas diagnosticadas com a DA aumentou quase 150% nos últimos 20 anos e a previsão é que em 2030 cerca de 80 milhões de pessoas no mundo terão a DA, chegando a mais de 130 milhões em 2050. O diagnóstico precoce e tratamento ainda são dois grandes desafios a serem vencidos. fAD e sAD apresentam sintomas e marcadores celulares e moleculares semelhantes. Entre esses marcadores estão o acúmulo de oligômeros de beta-amilóide na matriz extracelular cerebral e os emaranhados neurofibrilares causados pela hiperfosforilação da proteína Tau, dentro dos neurônios. A fAD é causada por mutações nos genes APP, PSEN1 e PSEN2, enquanto para sAD os mecanismos celulares e moleculares ainda não estão totalmente esclarecidos. Diversos fatores de risco para sAD já foram identificados, entre eles idade, sexo, obesidade e diabetes, porém nenhum seja isoladamente determinante da doença, tornando o entendimento da fisiopatologia da forma esporádica mais complexo. Estudos também apontam para a associação de genótipos da APOE com o desenvolvimento da sAD, sendo o alelo APOE4 considerado um fator de risco, enquanto o alelo APOE2 é considerado um fator protetor. Modelos animais, em especial camundongos transgênicos, têm sido o principal modelo para estudos da fAD e modelos para a sAD ainda são escassos. Recentemente, os organoides corticais e chips começaram a ser utilizados para modelar, principalmente, a fAD. Nosso grupo tem trabalhado no desenvolvimento de modelos tridimensionais (3D) in vitro para sAD, com foco na reprodução do microambiente do diabetes tipo 2, com exposição de neurônios, astrócitos e células endoteliais à alta glicose e produtos de glicação avançada. O número de trabalhos científicos referentes à DA, indexados no PubMed, quase quintuplicou nos últimos 20 anos, refletindo a crescente preocupação da comunidade científica com o tema. O grande volume de resultados de pesquisa em DA, em especial na busca de biomarcadores precoces e novos tratamentos, é quase inacessível para o público não especializado. É necessário traduzir a linguagem científica em termos compreensíveis para esclarecer o público, incluindo pacientes, familiares e pessoas envolvidas no cuidado dos pacientes com DA. Utilizando diferentes ferramentas de comunicação, como produção de podcast, vídeos e postagens nas redes sociais, pretendemos contribuir para que o conhecimento científico gerado a partir de pesquisas em DA, desenvolvidas no nosso grupo e também disponíveis na literatura científica, seja difundido, resultando em melhor compreensão dos diferentes aspectos da DA, possibilitando tomada de decisões baseadas no conhecimento científico.

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