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Avaliação do fenótipo de células natural killer e linfócitos t durante a resposta e após descontinuação do tratamento com inibidores de tirosino quinase em pacientes com leucemia mieloide crônica

Processo: 23/17821-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado Direto
Data de Início da vigência: 01 de julho de 2024
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2025
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Pesquisador responsável:Lorena Lôbo de Figueiredo Pontes
Beneficiário:Larissa Sarri Binelli
Instituição Sede: Hemocentro de Ribeirão Preto. Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP (HCMRP). Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:21/06841-3 - Mecanismos moleculares e fenotípicos de evasão imune em neoplasias mieloides, AP.JP2
Assunto(s):Células matadoras naturais   Leucemia mieloide   Linfócitos T   Onco-hematologia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Bcr::Abl1 | células natural killer | inibidores de tirosino quinase | Leucemia Mielóide Crônica | Linfócitos T | Remissão livre de tratamento | Onco-hematologia

Resumo

Na Leucemia Mieloide Crônica (LMC), pacientes que alcançam resposta molecular profunda sustentada (RMP) com inibidor de tirosino quinase (ITQ) podem ter o tratamento descontinuado. A remissão livre de tratamento (RLT) ocorre na minoria dos pacientes e não há biomarcadores preditores de manutenção ou perda de resposta. A imunidade antitumoral mediada por Linfócitos T (LT) e Natural Killer (NK) pode contribuir para manutenção e resultar em respostas distintas durante e após a descontinuação. Objetivamos correlacionar o fenótipo LT e NK com a cinética de doença residual mensurável (uso de ITQ) com a perda da RLT (descontinuação-DES). Até o momento, foram incluídos 10 controles saudáveis (CT) e 23 pacientes com LMC: 8 ao diagnóstico (DX), 4 tratados por mais de 3 anos com RM menor que log3 (RM<3), 13 com RMP sustentada (RM>4,5) em DES, divididos e acompanhados em meses (m), no qual, 3m (n=13), 6m (n=8) e 9m (n=7), e 8 que recaíram (R) no DES. Até o ponto 6m, os pacientes estavam com 50% da dose do ITQ e, após este ponto, tiveram o ITQ suspenso. Foram avaliados frequência, subtipos e maturação de NK e LT por citometria de fluxo do sangue periférico. Os subtipos NK (CD45hiCD19-CD3-) foram definidos como secretório (CD56brightCD16-) ou citotóxico (CD56dimCD16+), e a maturação funcional das células CD19-CD3-CD56+ foi classificada: CD11b-CD27-(tolerante); CD27+CD11b-(secretória imatura); CD27+CD11b+(secretória madura) e CD11b+CD27- (citotóxica), além dos marcadores de ativação CD57 e NKp80. A frequência destas subpopulações foi avaliada em subgrupos de pacientes de acordo com o nível de RM por RT-qPCR para o gene BCR::ABL1. Em comparação aos CT, amostras de LMC em atividade (DX, RM<3 e R) exibiram queda de LT e NK totais, enquanto pacientes em uso de ITQ com boa resposta (DES) têm maior frequência de LT (p=0,0002) e NK(p=0,0061). DX, RM<3 e R tiveram redução de CD3+ e CD4+ e tendência de aumento de CD8+, e DES teve maior frequência de CD3+(p=0,0004) e CD4+(p=0,0418) e tendência de redução de CD8+(p>0,05). Em relação aos subtipos de NK, DX, RM<3 e R, mostraram diminuição de CD56dimCD16+, entretanto DES apresentaram maior frequência (p=0,0017). O subtipo CD56brigthCD16- não diferiu entre os grupos (p>0,05). Na maturação funcional de NK, DX, RM<3 e R, houve aumento de células secretórias imaturas e tolerantes, enquanto em DES diminuição de secretórias imaturas (p=0,0387) e tolerantes (p=0,0023) e tendência de aumento de secretórias madura (p>0,05). Na ativação de NK, DX, RM<3 e R, exibiram queda de CD57+ (p=0,0358) e NKp80 (p=0,0036), e em DES evidenciaram valores elevados. Pacientes saudáveis, RM>4,5 e DES, possuem perfil mais maduro de NK, no qual a atividade citotóxica é semelhante aos CT. Entretanto, pacientes maus respondedores (RM<3 e R) exibem um perfil mais imaturo, maturação semelhante ao DX com aumento de secretórias imaturas e tolerantes. A frequência de NK citotóxicas CD56dim (antitumorais) está reduzida em pacientes com LMC em atividade e que não atingiram RM maior. O uso de ITQ leva à redução de BCR::ABL1 concomitante ao estímulo imune, com recuperação das células citotóxicas. A ativação de NK por meio de CD57 e NKp80 está prejudicada na presença de doença molecular e durante o tratamento, sugerindo que a monitorização de CD4 e NK citotóxicas durante a descontinuação poderá ser útil para predizer a recaída da RLT. Dessa forma, esperamos aprofundar e enriquecer nossos resultados para aprimorar o entendimento da fisiopatologia, prognóstico e monitorização da LMC, contribuindo, assim, para a predição do tipo de resposta de cada paciente durante à terapia com ITQ e após sua suspensão, bem como, auxiliar na definição de estratégias terapêuticas no contexto do SUS e na imunoterapia mediada por células NK e LT.

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