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As fontes árabes e afro-islâmicas da literatura oitocentista: os casos de Gonçalves Dias, Castro Alves e Machado de Assis

Processo: 23/16601-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2024
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2026
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Literatura Comparada
Pesquisador responsável:Michel Sleiman
Beneficiário:Fernanda Pereira Mendes
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Machado de Assis
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Castro Alves | fontes árabes e afro-islâmicas | Gonçalves Dias | Literatura Comparada | Literatura Oitocentista | Machado de Assis | estudo de fontes árabes e afro-islâmicas

Resumo

Este projeto tem como objetivo colocar em evidência o uso de fontes literárias árabes e afro-islâmicas por escritores do século XIX, por meio de um estudo comparatista das mesmas comobras selecionadas de Gonçalves Dias, Castro Alves e Machado de Assis. Nessas obras, são constatadas menções à cultura islâmica que indicam o conhecimento de textos - canônicos e literários - traduzidos por autores europeus que influenciaram a produção literária brasileira ouque foram difundidos no Brasil pelos africanos muçulmanos trazidos como escravos a partir doséculo XVIII. O legado literário afro-islâmico tem sido reconstruído recentemente com base em manuscritos de autoria de negros muçulmanos preservados em diferentes acervos nacionais. Até omomento, foram identificados fragmentos de suras do Alcorão e de alguns poemas célebres e populares entre os muçulmanos, entre outros textos recitados pelos negros, escravos e libertos, em rituais e celebrações religiosas. Já as traduções do legado árabe por escritores europeus são conhecidas pela crítica literária brasileira: estamos a falar de nomes como Victor Hugo e Goethe, para citar os exemplos mais famosos de um amplo fenômeno de uso da matéria árabe e islâmica que marcou a produção intelectual da Europa do século XIX como um todo. No entanto, não há estudos específicos sobre a recepção dessas traduções pelos escritores brasileiros, e as menções que fazem à cultura árabe e islâmica em suas obras têm sido consideradas meras imitações dos europeus. Menos cogitada é o possível uso literário do legado textual afro-islâmico, transmitido, com maior probabilidade, por meio de interações entre os escritores e os negros muçulmanos, escravos ou libertos. Cabe notar que a oralidade e, sobretudo, as traduções ocupam um lugar privilegiado nos estudos sobre a recepção da literatura islâmica no Ocidente.

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