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Desacoplamento entre doença falciforme e ancestralidade africana no Brasil

Processo: 24/05419-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2024
Situação:Interrompido
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Genética
Pesquisador responsável:Diogo Meyer
Beneficiário:Pedro Nicésio do Amaral
Instituição Sede: Instituto de Biociências (IB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:21/14851-9 - Genômica Populacional Humana: uma perspectiva a partir de populações miscigenadas, AP.TEM
Bolsa(s) vinculada(s):24/23088-5 - Desacoplamento entre doença falciforme e ancestralidade africana no Brasil: Deep Learning como ferramenta de compreensão das dinâmicas de miscigenação e desacoplamento, BE.EP.IC
Assunto(s):Anemia falciforme   Miscigenação   Genética populacional
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:anemia falciforme | assortative mating | desacoplamento | Miscigenação | Genética de populações

Resumo

A doença falciforme é uma condição sanguínea herdável e monogênica, de efeitos multissistêmicos, que afeta mais de 13 milhões de pessoas mundialmente. Surgidos na África, a maior parte dos alelos causadores da doença foram introduzidos no Brasil no contexto colonial, juntamente à migração forçada de africanos escravizados. Desde então, os efeitos combinados do processo de miscigenação e recombinação possibilitaram que os alelos de origem africana que contribuem para a doença falciforme fossem transferidos para cromossomos contendo também porções europeias e indígenas, entre outras. Nos referimos a esse processo, em que uma mutação originalmente presente apenas em cromossomos africanos passa a estar progressivamente mais associada a cromossomos de diversas ancestralidades, como "desacoplamento". Hoje, permanece uma correlação positiva relevante entre a porcentagem de ancestralidade africana global de um indivíduo e a presença dos alelos mutantes. A expectativa é de que, com o passar das gerações, a miscigenação associada à recombinação seja capaz de quebrar essa correlação progressivamente, gerando um desacoplamento entre a presença da mutação que resulta na anemia falciforme e a ancestralidade do indivíduo. O acasalamento não-aleatório é um fator demográfico que pode desacelerar o desacoplamento, se cônjuges forem mais parecidos em termos de porcentagem de ancestralidade do que esperado aleatoriamente. A presente proposta objetiva investigar como o acasalamento não-aleatório impacta no processo de desacoplamento entre ancestralidade africana e ser portador dos alelos mutantes, usando dados genéticos da coorte REDS e dados demográficos do IBGE para simular o desacoplamento nas gerações futuras.

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