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Essa voz é confiável?: Confiança seletiva em crianças de 6 a 11 anos em assistentes de voz digitais

Processo: 24/06451-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2024
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2026
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Psicologia - Psicologia do Desenvolvimento Humano
Pesquisador responsável:Débora de Hollanda Souza
Beneficiário:Bruna Motta Fodra
Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:14/50909-8 - INCT 2014: Comportamento, Cognição e Ensino (INCT-ECCE): aprendizagem relacional e funcionamento simbólico, AP.TEM
Bolsa(s) vinculada(s):25/02162-5 - Confiança seletiva de crianças em informantes digitais: uma colaboração internacional com a Universidade de Louisville (EUA), BE.EP.MS
Assunto(s):Crianças   Dispositivos eletrônicos
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Assistentes de Voz Digitais | Confiança Seletiva | crianças | Dispositivos eletrônicos | Confiança Seletiva

Resumo

O acesso de crianças à internet e aos dispositivos eletrônicos tem se tornado cada dia maior. Ao mesmo tempo, vivemos uma época de exposição constante a fake news e, por essa razão, pais e educadores têm se preocupado muito em ensinar crianças a consumirem informação de forma crítica. Nos últimos 20 anos, vários pesquisadores têm investigado o desenvolvimento da confiança seletiva, ou seja, a habilidade de discriminar bons e maus informantes em situações novas de aprendizagem. Alguns estudos recentes, de fato, indicam que crianças de 4 anos já são capazes de discriminar um informante eletrônico preciso de um informante eletrônico impreciso. Além disso, há evidências de que as crianças utilizam estratégias diferentes quando precisam escolher entre dois informantes digitais diferentes ou entre um informante digital e um informante humano. Mais recentemente, os assistentes de voz digitais também têm ganhado popularidade. Por um lado, estes dispositivos se assemelham aos computadores pela sua capacidade de fornecer informação (uma vez que usam a internet como base de dados), porém compartilham características com agentes tecnológicos sociais, como os robôs. O presente projeto tem como objetivo principal contribuir para o avanço deste campo de estudos ao investigar a confiança seletiva de crianças quando diante de dois potenciais informantes: uma pessoa real e um assistente de voz digital. Adicionalmente, pretende-se avaliar que características (epistêmicas, biológicas e psicológicas) as crianças atribuem aos informantes. Sessenta crianças com idade entre 6 e 11 anos participarão do estudo. Uma tarefa de confiança seletiva será utilizada. O procedimento consiste em apresentar para as crianças dois personagens (um informante humano e um assistente de voz digital) que variam em termos de confiabilidade (um sempre fornece informações acuradas e o outro não). Os participantes serão distribuídos aleatoriamente em duas condições. Na condição 1 (C1), o informante humano é quem se mostra confiável e na condição 2 (C2), é o assistente de voz digital. Em uma primeira fase, os participantes deverão avaliar os informantes com base nas respostas deles para seis questões que são de conhecimento das crianças, sendo três delas sobre conhecimento factual (e.g., "Qual o formato de um círculo?") e três delas sobre conhecimentos pessoais (e.g., "Como uma pessoa se sente quando está chorando?"). Na segunda fase (fase teste), elas deverão escolher um dos informantes para responder seis questões (seis tentativas) para as quais elas não sabem a resposta. Metade das questões são factuais (e.g., "Qual é o planeta mais quente do sistema solar?") e metade são questões de cunho pessoal (e.g., "Como uma pessoa que está aprendendo matemática se sente?"). Em consonância com estudos prévios, espera-se que, na etapa de familiarização, quando as crianças ainda não possuem informações sobre o histórico prévio de confiabilidade dos informantes, elas demonstrem preferência pela informante digital para questões factuais e pela informante humana para questões pessoais. Contudo, na etapa teste, quando as crianças já possuem conhecimento sobre o histórico de precisão dos informantes, é esperado que elas escolham endossar sempre o informante mais confiável, independentemente do tipo de pergunta (factual ou pessoal), em ambas as condições. Por fim, espera-se que crianças de todas as faixas etárias não atribuam características biológicas (e.g., capacidade de se movimentar de forma autônoma) para assistentes de voz digital, mas que as mais novas (entre 6 e 7 anos) atribuam características psicológicas (e.g., capacidade de sentir curiosidade). Já as mais velhas tenderão atribuir apenas características epistêmicas (e.g., capacidade de acessar diversos tipos de conhecimento) à assistente de voz digital, como os estudos com crianças estadunidenses têm mostrado.

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