Quatro painéis das fases da história brasileira no Museu Paulista: identidades em questão

• Processo: 24/05395-8
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2024
• Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas - Museologia
• Pesquisador responsável: Paulo César Garcez Marins
• Beneficiário: Elisa Ferreira Rocha Campos
• Instituição Sede: Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Identidade nacional
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Bandeirantismo | Identidade Nacional | Museu Paulista | Pintura de História | museu paulista

Resumo

Este projeto de pesquisa tem por tema o estudo do processo de concepção, produção e difusão das obras denominadas Ciclo dos Criadores de Gado, de Baptista da Costa, Tomada de Posse da Amazônia, de Fernandes Machado, Ciclo do Ouro, de Rodolfo Amoedo e Ciclo da Caça ao Índio, de Henrique Bernadelli. Tais pinturas constituem um conjunto que representava as "Fases capitais da história" brasileira, encomendadas entre 1921 e 1923 para o programa decorativo do eixo central do Museu Paulista, sob a gestão do diretor Afonso Taunay. As obras integram um processo de encomendas artísticas para a decoração do Museu Paulista voltadas à representação de personagens e acontecimentos históricos com a intenção de fornecer uma narrativa visual sobre o passado nacional. Diversos autores apontam que esse programa decorativo se adequava aos interesses das elites paulistas, associando a hegemonia econômica e política que o estado de São Paulo assumia no cenário nacional desde o fim do século XIX à construção de um passado heroico e de liderança para os paulistas. O Museu Paulista, especialmente durante a gestão de Afonso Taunay, foi o principal formulador dessa narrativa visual da história do Brasil com o protagonismo paulista, da qual o personagem bandeirante, elevado à categoria de herói nacional, era um dos pilares. O objetivo deste projeto é, por meio da pesquisa e análise de documentos, elucidar o processo de encomenda e produção do conjunto de telas, de modo a ampliar o conhecimento das relações entre os pintores e o diretor, e analisar as relações sociais, regionais e raciais representadas nas pinturas, tendo em vista que o Museu, desde a sua reabertura ao público em 2022, vive um momento em que as narrativas hegemônicas sobre a personagem bandeirante são questionadas e desconstruídas perante ao público.