Desenvolvimento de sistemas adesivos autocondicionantes combinados a partículas bioativas contendo flúor e estrôncio com ou sem sódio e zinco: análise de propriedades adesivas e remineralização da matriz dentinária

• Processo: 23/16722-7
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2024
• Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2026
• Área de conhecimento: Ciências da Saúde - Odontologia - Materiais Odontológicos
• Pesquisador responsável: Linda Wang
• Beneficiário: Victor Mosquim
• Instituição Sede: Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB). Universidade de São Paulo (USP). Bauru , SP, Brasil
• Assunto(s): Adesivos dentinários Estrôncio Flúor Metaloproteinases da matriz Sódio Zinco Dentística
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: adesivos dentinários | Estrôncio | Fluor | metaloproteinases da matriz | Sódio | zinco | Dentística

Resumo

Sistemas adesivos enriquecidos com partículas bioativas podem apresentar benefícios adicionais à adesão como aumento do pH local e precipitação mineral. Nos vidros bioativos a base de silicato, a presença do fluoreto pode permitir a precipitação de fluorapatita (FAP), e o estrôncio pode facilitar a degradação do vidro em meio aquoso e apresenta efeito sinérgico na presença do fluoreto, melhorando a precipitação mineral. Nesses vidros também é comum a presença do sódio, porém a sua característica higroscópica pode acelerar o processo de degradação hidrolítica dos monômeros. Assim, elaborar vidros livres de sódio podem melhorar o desempenho desses adesivos. A combinação de sistemas adesivos a partículas bioativas também poderia remineralizar a dentina e reforçar a matriz de colágeno, reduzindo a ação das metaloproteinases da matriz (MMPs) sobre o colágeno exposto, especialmente os vidros contendo zinco, preservando a resistência de união ao longo do tempo. Frente a isso, o objetivo deste estudo é confeccionar vidros bioativos à base de silicato contendo ou não sódio e/ou zinco com diferentes concentrações de fluoreto e estrôncio e caracterizá-los quanto a sua bioatividade e capacidade tampão em Tris e saliva artificial. Na sequência, este estudo objetiva incorporá-los em sistemas adesivos autocondicionantes experimentais de dois passos e avaliar a sua interação com a dentina por meios de resistência de união por microtração, grau de conversão, molhamento, atividade antiproteolítica por zimografia in situ e capacidade de remineralização em tampão Tris e saliva artificial comparando com dois produtos bioativos disponíveis comercialmente (Biomin F e S-PRG). Para isso, os vidros serão fabricados pelo método melt-quench e caracterizados por difração de raios X e espectrometria de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR) antes e após imersão em tampão Tris e saliva artificial. Em seguida, esses vidros fabricados, o vidro Biomin F ou a partícula S-PRG serão adicionados nos adesivos, que serão avaliados quanto ao grau de conversão (GC) por FTIR e aplicados sobre espécimes de dentina para análises de resistência de união (n = 10/grupo) após 24h, 6 meses e 12 meses mantidos em saliva artificial. A análise do modo de fratura dos palitos também será realizada. O grau de molhamento será mensurado com um goniômetro através do ângulo de contato (n = 6/grupo) entre o adesivo e a dentina tratada com primer ácido. Em seguida, os espécimes de dentina serão desmineralizados e posicionados em contato com os adesivos já polimerizados, imersos em tampão Tris e em saliva artificial e analisados quanto à capacidade de remineralização da dentina por FTIR após 24 horas, 7 dias, 2 meses e 6 meses. A atividade de MMPs será analisada no baseline e após 6 meses por zimografia in situ com microscopia confocal de varredura a laser. Os dados do teste de microtração e zimografia in situ serão submetidos aos testes de ANOVA 2 critérios e post-hoc Tukey. Os dados de GC e molhamento serão submetidos aos testes de ANOVA e post-hoc Tukey ou Kruskal-Wallis e post-hoc Dunn. O valor de alfa = 0,05 será adotado para todos os testes.