Maquiavel e a Fortuna: entre política, representação e ficção

• Processo: 23/18158-1
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2024
• Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Ciência Política - Teoria Política
• Pesquisador responsável: Eunice Ostrensky
• Beneficiário: Vinícius dos Santos Silva Bertoluzzo
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Bolsa(s) vinculada(s): 25/06289-0 - Maquiavel e a Fortuna: entre política, representação e ficção., BE.EP.MS
• Assunto(s): Ficção Poética Política Representação
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: ficção | fortuna | Maquiavel | Poética | Política | Representação | Pensamento político moderno. Maquiavel.

Resumo

O pensamento político de Nicolau Maquiavel, embora tenha sido objeto de extensosestudos, ainda suscita divergências interpretativas, especialmente no que diz respeito aosconceitos fundamentais de Fortuna e virtù presentes em suas obras políticas primárias, comoIl Principe e os Discorsi. O estudo propõe uma abordagem abrangente, incorporando suasobras não políticas, notadamente as peças teatrais La Mandragola, Clizia e Andria, e poemascomo Dell'occasione e Di Fortuna. A pesquisa centra-se na análise do conceito de Fortuna,tradicionalmente relegado a uma posição secundária em comparação com a virtù nas análisespolíticas maquiavelianas. Além disso, a investigação busca compreender a relação entrepolítica, representação e ficção na obra de Maquiavel, explorando a relevância das obraspoéticas para uma compreensão mais ampla da Fortuna. A hipótese subjacente é que ascomédias maquiavelianas têm propósitos além do entretenimento, servindo como veículos deensinamento através do riso, utilizando metáforas e paralelismos. O método adotado paraatingir esses objetivos envolve uma abordagem retórica, seguindo o exemplo de análisescomo a de Victoria Kahn em Machiavellian Rhetoric (1994) e Mikael Hörnqvist emMachiavelli and Empire (2004), que destaca a importância de La Mandragola como umverdadeiro tratado de retórica, considerando a adaptação do discurso a diferentes contextos.