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Nem tão protetores, nem tão paternais: a exploração do trabalho indígena durante a ocupação da Companhia das Índias Ocidentais nas capitanias do Norte (1630-1654)

Processo: 24/13868-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2024
Data de Término da vigência: 30 de junho de 2025
Área de conhecimento:Ciências Humanas - História - História do Brasil
Pesquisador responsável:Carlos Alberto de Moura Ribeiro Zeron
Beneficiário:Michel Martins Maranha
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Trabalho indígena
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Brasil Holandês | Escravidão Indígena | trabalho indígena | Brasil Holandês

Resumo

A pesquisa pretende estudar a exploração do trabalho indígena, livre e escravo, durante a ocupação das capitanias do Norte do Brasil pela Companhia das Índias Ocidentais (West-Indische Compagnie), entre 1630 e 1654. Desde o início do seu domínio, as lideranças da Companhia se comprometeram a garantir a liberdade dos indígenas e a coibir os abusos que ocorriam na exploração do trabalho livre como forma de garantir a aliança entre ambos na luta contra os portugueses. Baseando-se nas promessas desses líderes, autores importantes que estudaram esse tema caracterizaram a atitude dos neerlandeses em relação aos indígenas como "protetora e paternal". Mas o que se observa na documentação é que muitos colonos portugueses subordinados à Companhia das Índias Ocidentais e soldados neerlandeses responsáveis pelos indígenas continuaram abusando da mão de obra ameríndia sob trabalho remunerado, bem como mantiveram muitos indígenas na escravidão, em conflito com as diretrizes da Companhia. Com base nisso, a pesquisa analisará a documentação da Companhia das Índias Ocidentais com o objetivo de entender como esses abusos na exploração do trabalho indígena livre e escravo continuaram ocorrendo, em contradição com as orientações promulgadas pelos seus líderes. Para tanto, a pesquisa buscará também caracterizar os diferentes projetos de exploração da mão de obra indígena propostos pelos líderes da Companhia, por seus soldados, pelos portugueses subordinados e pelos indígenas, visando entender as tensões que se desenvolveram entre esses quatro grupos com relação ao trabalho dos ameríndios e como elas modificaram as regulamentações e as condições do trabalho indígena ao longo da ocupação neerlandesa.

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