Avaliação in vitro e in vivo de um novo hidrogel contendo associação de proteína recombinante com vitamina e para proteção contra a desmineralização erosiva

• Processo: 23/17757-9
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2024
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2026
• Área de conhecimento: Ciências da Saúde - Odontologia - Odontologia Social e Preventiva
• Pesquisador responsável: Marília Afonso Rabelo Buzalaf
• Beneficiário: Leonardo Brito
• Instituição Sede: Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB). Universidade de São Paulo (USP). Bauru , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 19/26070-1 - Modulação da película adquirida do esmalte e do biofilme para o controle da perda mineral dentária: desvendando mecanismos e possibilitando terapias, AP.TEM
• Assunto(s): Hidrogéis Película adquirida Vitamina E Bioquímica
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: cistatina | desgaste dentário erosivo | hidrogel | película adquirida | vitamina E | Bioquímica

Resumo

A presença da película adquirida do esmalte (PAE) é um dos principais fatores protetores contra o desgaste dentário erosivo (DDE). Com o avanço de técnicas ômicas, têm-se identificado proteínas ácido-resistentes na PAE, o que tem estimulado procedimentos de "engenharia de película adquirida". Estes procedimentos são focados no enriquecimento desse integumento com proteínas com alta capacidade de ligação à hidroxiapatita, capazes de permanecerem ligadas a esse mineral após um desafio ácido. Dentre essas proteínas, destaca-se a CaneCPI-5, uma fitocistatina derivada da cana-de-açúcar. Esta proteína tem mostrado melhor potencial protetor quando aplicada diretamente sobre o esmalte, devido à sua forte força de interação com a hidroxiapatita. A vitamina E também tem se destacado recentemente pelo seu potencial protetor contra a desmineralização erosiva inicial, tendo sido sugerido que seu mecanismo de ação esteja associado à sua capacidade de se difundir até os lipídeos da camada basal da PAE, diminuindo a degradação destes lipídeos. Estudos recentes nos quais a vitamina E foi associada à CaneCPI-5 revelaram um efeito sinérgico, independente de a aplicação ocorrer antes ou depois da formação da PAE. No entanto, a CaneCPI-5 e a vitamina E foram aplicadas isoladamente, o que não é ideal do ponto de vista clínico. Assim, o objetivo do presente estudo será desenvolver um hidrogel à base de um poloxâmero (copolímero tribloco contendo uma porção central hidrofóbica flanqueada por duas cadeias laterais hidrofílicas), que permita a incorporação da CaneCPI-5 e vitamina E ao mesmo tempo. Acreditamos que um hidrogel contendo ambos os ativos (CaneCPI-5 e vitamina E) tenha potencial de se difundir através dos lipídios da película. Essa característica poderia facilitar a distribuição da CaneCPI-5 e da vitamina E na camada basal da película, permitindo que ocorra a interação e agregação de proteínas resistentes a ácidos, mesmo quando a aplicação do hidrogel ocorre após a formação deste integumento. O hidrogel desenvolvido será avaliado em relação ao seu potencial protetor contra a erosão inicial do esmalte in vitro e in vivo, bem como em alterar a composição da PAE in vivo.