Bolsa 24/09537-1 - Resposta imune - BV FAPESP
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RNA longo não codificante RMEL3 como um modulador da resposta imune no melanoma

Processo: 24/09537-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 10 de janeiro de 2025
Data de Término da vigência: 09 de maio de 2025
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Genética - Genética Humana e Médica
Pesquisador responsável:Enilza Maria Espreafico
Beneficiário:Vitor Merino Loes
Supervisor: Frank John Slack
Instituição Sede: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Harvard University, Boston, Estados Unidos  
Vinculado à bolsa:22/09764-2 - Uso de CRISPR para marcar o lncRNA RMEL3 endógeno para estudo de suas interações moleculares e localização subcelular, BP.IC
Assunto(s):Resposta imune
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:immune response | Modulator lncRNA | Rmel3 | Biologia Molecular e Celular do Câncer

Resumo

Nos últimos anos, o tratamento do melanoma cutâneo passou por uma revolução com a introdução da terapia direcionada (inibidores de BRAF V600E e MEK) e imunoterapia (anti-CTLA4, anti-PD1 e anti-LAG3). Embora a maioria dos pacientes ainda apresente pouca resposta ou progressão tumoral devido à resistência adquirida, um pequeno conjunto de pacientes demonstra benefício extraordinário com a imunoterapia. Esses cenários indicam a necessidade de encontrar marcadores eficientes para prever os pacientes responsivos e compreender os mecanismos de resistência, a fim de estender o benefício ótimo a todos os pacientes. A expressão altamente específica de tecido e condição dos RNAs longos não codificadores (lncRNAs) os torna alvos terapêuticos potenciais e marcadores diagnósticos. Vários lncRNAs desempenham papéis no câncer, e um deles, RMEL3, identificado em nosso laboratório, mostra expressão enriquecida em melanoma, particularmente associada à mutação BRAF V600E e ao fenótipo invasivo. Estudos de interação em nosso laboratório mostraram associação do RMEL3 com moléculas das vias MAPK (ARAF e uma proteína reguladora CRAF, FAM83D) e da quinase HIPPO (MST2), e análises in silico nos permitiram mapear os domínios de interação conservados na sequência do RMEL3. Esses domínios são previstos para formar estruturas de loop que são adequadas para a interação RNA-proteína. Em um estudo recente de RNAseq realizado na linha celular de melanoma A375, vinculamos o RMEL3 com a regulação positiva de muitos genes envolvidos na imunogenicidade e imunossupressão, incluindo todos os genes da classe II do MHC e muitos genes da classe I do agrupamento genético HLA localizado no cromossomo 6p. Esses resultados, juntamente com estudos funcionais, nos permitiram propor que o RMEL3 desempenha um papel oncogênico e modula o microambiente tumoral do melanoma em direção à evasão imune e imunossupressão, tornando-se um potencial alvo terapêutico para o tratamento do melanoma. Neste projeto BEPE, propomos projetar oligonucleotídeos antisense (ASOs) específicos de isoformas e domínios direcionados ao lncRNA RMEL3 para serem testados quanto à sua atividade antitumoral in vitro e in vivo, com estratégias para determinar se a atividade antitumoral ocorre devido a mudanças na susceptibilidade das células de melanoma à atividade e citotoxicidade das células T CD8+, de maneira dependente da dose de ASO. A atividade das células T CD8+ será medida pela quantificação de citocinas secretadas e ensaios de citotoxicidade contra células de melanoma co-cultivadas tratadas com ASO ou veículo. Para os ensaios in vivo, testaremos o efeito antitumoral dos ASOs em camundongos imunocompetentes e imunodeficientes. Assim, esperamos que este projeto contribua para definir o uso terapêutico dos inibidores de lncRNA RMEL3.

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