As vertigens da embriaguez e as formas do feitiço entre os Makurap (RO)

• Processo: 24/13508-7
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2025
• Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2028
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Antropologia - Etnologia Indígena
• Pesquisador responsável: Marina Vanzolini Figueiredo
• Beneficiário: Breno Duarte Castro
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Feitiçaria Rondônia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Chicha | Etnologia indígena | feitiçaria | Makurap | Rondônia | Etnologia Indígena

Resumo

O presente projeto de pesquisa tem como objetivo a realização de um trabalho etnográfico junto ao povo Makurap, de língua Tupi-Tupari e habitantes da margem direita do médio rio Guaporé e do rio Branco. O objetivo deste trabalho é pensar a ação política ameríndia a partir do idioma da feitiçaria. Há uma comparação comumente feita pelas mulheres indígenas, de que a chicha (bebida fermentada que pode ser feita de macaxeira, cará, amendoim e banana) tem um efeito embriagante similar ao efeito sedutor da Awanda ("jiboia verdadeira"). Esta é capaz de atrair outros animais por meio de um "feitiço": ela simula sons que atraem suas presas. De maneira não trivial, a associação recém-fundada AWANDA: Associação do Povo Makurap na Terra Indígena Rio Guaporé também foi nomeada a partir da jiboia. Não seria possível, então, pensar a associação e suas ações políticas também a partir do idioma da feitiçaria e da embriaguez? Para além das implicações metafóricas dessas comparações entre embriaguez, caça e associação política, pretende-se analisar os efeitos pragmáticos e cosmopolíticos da feitiçaria e da embriaguez no Guaporé e no rio Branco.