Formas de descrever o passado: análise do Livro II de A Descrição da Grécia de Pausânias.

• Processo: 24/18511-6
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de abril de 2025
• Data de Término da vigência: 31 de março de 2026
• Área de conhecimento: Linguística, Letras e Artes - Letras - Literaturas Clássicas
• Pesquisador responsável: Emerson Cerdas
• Beneficiário: Maria Leticia de Albuquerque Falcão Silva
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências e Letras (FCL). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Araraquara. Araraquara , SP, Brasil
• Assunto(s): Descrição Geografia Historiografia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: descrição | Geografia | historiografia | Narratologia | Pausânias | Narrativa Antiga

Resumo

As categorias narrativas de espaço e tempo são aspectos que possuem importância significativa em todas as formas narrativas, uma vez que toda história se passa em um determinado lugar e tempo. Na obra A Descrição da Grécia (¿¿¿¿¿¿¿¿¿¿ ¿¿¿¿¿¿¿) de Pausânias, do século II d.C., embora não se trate de uma narrativa ficcional, mas de uma mescla de geografia e história, a descrição dos espaços desempenha um papel predominante, uma vez que o autor se propõe a levar aos olhos do leitor o espaço geográfico percorrido por ele durante sua viagem. Neste empreendimento, tudo aquilo que chama a atenção do narrador e que, em seu julgamento, merece ser preservado pelo texto literário é descrito. Assim, a narrativa é preenchida com um detalhamento do espaço físico, seja o natural, seja o da cultura material, de modo a oferecer um panorama da Grécia antiga e posicioná-la como o verdadeiro "herói" da narrativa. Neste sentido, o espaço narrativo se conflui com o tempo da narrativa, posto que, aos olhos de Pausânias, no século II d.C., vislumbra-se várias épocas da Grécia; e é nessa conjunção que, nos parece, reside o encantamento gerado pela Grécia aos olhos de Pausânias. Assim, este projeto visa analisar as técnicas de descrição empregadas por Pausânias no Livro II de sua obra, especialmente as descrições de objetos da cultura material (templos, monumentos, estátuas etc.) por meio de estudos da narratologia literária e do entendimento da descrição na retórica antiga.