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Determinação das doses efetivas de neutralização das principais atividades in vitro do veneno de serpentes da espécie Bothrops matogrossensis pelo soro antiveneno

Processo: 25/02053-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de maio de 2025
Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2025
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Saúde Coletiva - Saúde Pública
Pesquisador responsável:Karen de Morais Zani
Beneficiário:Isadora Busin Carneiro
Instituição Sede: Instituto Butantan. Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Bothrops   Soroneutralização
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:bothrops | Envenenamento por serpentes | Soroneutralização | Envenenamento por serpentes

Resumo

Os acidentes ofídicos são classificados como uma Doença Tropical Negligenciada pela Organização Mundial da Saúde, atingindo principalmente populações carentes das áreas rurais de regiões da África, Ásia e América Latina. No Brasil, foram reportados 25.115 acidentes causados por serpentes em 2023, 86% dos quais foram causados pelo gênero Bothrops. A gravidade dos acidentes causados por serpentes do gênero Bothrops é um problema de saúde pública significativo no país, com um impacto considerável na morbidade dos acidentados. O veneno dessas serpentes é composto por uma complexa mistura de toxinas, incluindo metaloproteases, fosfolipases A2 e serinoproteases, que são responsáveis por efeitos fisiopatológicos graves, como hemorragias e distúrbios de coagulação. O único tratamento eficaz ao envenenamento por serpentes é o soro antiofídico e, embora o soro antibotrópico seja capaz de reverter os efeitos sistêmicos do envenenamento, os efeitos locais são raramente neutralizados. Devido à sua relevância médica, a soroneutralização e o imunorreconhecimento do veneno de serpentes pelo antiveneno específico são amplamente estudados. No entanto, diversos estudos apontam uma discrepância entre os resultados obtidos em testes in vitro e a eficácia clínica observadas in vivo, nos quais o antiveneno é capaz de reverter os efeitos fisiopatológicos do envenenamento eficientemente, mas é ineficiente na neutralização das atividades enzimáticas específicas, nas proporções recomendadas pelo fabricante. Essa falta de relação direta evidencia os desafios no estudo da eficácia do antiveneno. Por esse motivo, esta proposta tem como objetivo determinar dose efetiva do soro antibotrópico produzido pelo Instituto Butantan para a neutralização das atividades enzimáticas específicas da espécie Bothrops matogrossensis, correlacionando-as aos dados de proteômica, neutralização da letalidade e imunorreconhecimento (antivenômica de 3ª geração) previamente determinados pelo nosso grupo, a fim de contribuir para a compreensão dos mecanismos envolvidos na neutralização das atividades do veneno do gênero Bothrops pelo soro antibotrópico.

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