Fumicultura virginiana: discursos sobre expectativas coloniais, técnicas de produção e preferências de mercado

• Processo: 25/00369-1
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de junho de 2025
• Data de Término da vigência: 27 de novembro de 2025
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - História - História Moderna e Contemporânea
• Pesquisador responsável: Ana Carolina de Carvalho Viotti
• Beneficiário: Rodrigo Canossa Barbosa
• Supervisor: Richard Drayton
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Franca. Franca , SP, Brasil
• Instituição Anfitriã: King's College London, Inglaterra
• Vinculado à bolsa: 23/17991-1 - Além da nicotina: o sensorial do tabaco nas práticas de plantio e cura, entre a Virgínia e a Inglaterra (Século XVII), BP.MS
• Assunto(s): Colonialismo Inglaterra Tabaco Virginia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Colonialismo | História Atlântica | História Global | Inglaterra | tabaco | Virgínia | História Atlântica

Resumo

Na segunda metade do século XVI, sobretudo após a ascensão de Isabel I ao trono inglês, a atividade corsária e o interesse pela expansão ultramarina avolumaram-se no país. Acompanhado dessa expansão, a Inglaterra tornou-se capaz de angariar e ter acesso à commodities antes restritas ou mediadas pelas potências ibéricas, e o tabaco tornar-se-ia uma das mercadorias mais importantes, rapidamente expandindo-se dos portos até todo o interior. Interesses coloniais, assim, aumentaram, indo para além do já conhecido Caribe, como as falhas tentativas da colônia de Roanoke em 1585 na Virgínia. Com a ascensão da dinastia Stuart, apesar da relativa manutenção da política externa elisabetana, confrontos abertos foram evitados contra a Espanha, incluindo-se empreendimentos comerciais no Caribe e Atlântico Sul que poderiam gerar discórdia. Assim, a Companhia da Virgínia beneficiou-se do estado da política externa inglesa e, desde 1607, buscou produzir uma commodity rentável nos solos virginianos, entre elas o tabaco, que entraria num mercado altamente competitivo e exigente de uma Inglaterra afeita aos tabacos em corda de proveniente das Índias Ocidentais espanholas. O objetivo desse projeto é, através de minuciosa análise da documentação relativa aos anos de formativos da Virgínia, compreender o papel que a colônia desempenhou como uma das muitas regiões do Atlântico que providenciavam tabaco para a Inglaterra e como podemos angariar mais conhecimento sobre tal assunto através do discernimento sobre conhecimentos de agricultura e expectativas para o futuro da colônia, partindo de um amplo contexto Atlântico marcado por experiências inglesas prévias em regiões como o Caribe e o Atlântico Sul. E, como subproduto da amplitude dessa abordagem, poderemos determinar técnicas de plantio e cura de tabaco e determinar os efeitos que poderiam ter no produto final, tendo em vista o exercício de um controle de qualidade e transmissão de conhecimento sobre fumicultura. Com essas categorias em mãos, almejamos enriquecer e expandir os horizontes de possibilidades dos campos da História Atlântica e Global.