Correlação entre Anormalidades na Substância Branca e Níveis de Glutamato em Pacientes com Transtorno Obsessivo-Compulsivo

• Processo: 25/05329-8
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de junho de 2025
• Data de Término da vigência: 31 de maio de 2026
• Área de conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina - Psiquiatria
• Pesquisador responsável: Marcelo Queiroz Hoexter
• Beneficiário: Giulia Faria Zima
• Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Glutamatos Transtorno obsessivo-compulsivo
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Anormalidades na Substância Branca | Espectroscopia de Prótons por Ressonância Magnética (H-MRS) | Free-Water | glutamato | Imagem por Tensor de Difusão (DTI) | Transtorno Obsessivo-Compulsivo | Psiquiatria

Resumo

O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é uma condição psiquiátrica crônica caracterizada por pensamentos intrusivos e comportamentos repetitivos que interferem significativamente na vida diária. Pesquisas têm relacionado o TOC a mudanças estruturais e neuroquímicas no cérebro, que podem ser estudadas usando técnicas de neuroimagem como a técnica de Imagem por Tensor de Difusão (DTI) e Espectroscopia de Prótons por Ressonância Magnética (¹H-MRS). Estudos de DTI identificaram alterações na integridade da substância branca (WM) em pacientes com TOC, incluindo menor anisotropia fracionada (FA), menor anisotropia fracionada do tecido celular (FAt) e maiores níveis de free water (FW). Essas descobertas sugerem que a neuroinflamação pode desempenhar um papel na patologia do transtorno. Além disso, pesquisas anteriores relataram níveis reduzidos de glutamato no córtex pré-frontal ventromedial (VMPFC) de pacientes com TOC, apoiando uma conexão entre a desregulação do glutamato e a neuroinflamação, pois o glutamato está envolvido em processos de cognição, aprendizagem e inflamação. Apesar dos avanços na neuroimagem, nenhum estudo anterior usou simultaneamente a técninca de free water em DTI e a medição dos níveis de glutamato por ¹H-MRS para investigar os processos fisiopatológicos do TOC. Este estudo visa preencher essa lacuna examinando a relação entre a microestrutura da WM e os níveis de glutamato em pacientes com TOC. Dados de neuroimagem foram coletados de 135 participantes, incluindo 83 pacientes com TOC e 52 indivíduos controle. Nossa hipótese é que níveis mais altos de glutamato se correlacionarão positivamente com FA e negativamente com FW, indicando uma potencial ligação entre a integridade da WM e neuroinflamação. Essa relação não é esperada em indivíduos controle, destacando a necessidade de mais pesquisas sobre o papel da neuroinflamação no TOC.