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Redescrição dos Tardígrados de Campos do Jordão descritos entre 1930-1950: Taxonomia Integrativa e Designação de Neótipos das Espécies da Dr. Rosina de Barros

Processo: 25/07649-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de junho de 2025
Data de Término da vigência: 31 de maio de 2026
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Zoologia - Taxonomia dos Grupos Recentes
Pesquisador responsável:André Rinaldo Senna Garraffoni
Beneficiário:Eduardo Klinke da Cruz
Instituição Sede: Instituto de Biologia (IB). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:23/05724-9 - Superando as deficiências lineana e wallaceana em táxons meiofaunais negligenciados: uma visão integrada da biodiversidade dos filos Gastrotricha e Tardigrada, AP.BTA.R
Assunto(s):Tardigrada
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Dr | Rosina de Barros | Tardigrada | Taxonomia integrativa | Tardigradologia

Resumo

O táxon Tardigrada, pertencente ao super táxon Panarthropoda e conhecido como "ursos d'água", é composto por organismos diminutos (50 a 1200 ¿m) com corpo robusto em forma de barril, revestido por uma cutícula não calcificada. Apresentam quatro pares de apêndices locomotores, que possuem garras ou glândulas adesivas, e um aparato bucofaríngeo especializado. São notáveis pela criptobiose, que lhes permite resistir a condições extremas de temperatura e pressão. Com mais de 1488 espécies catalogadas, os tardígrados habitam diversos ecossistemas e possuem distribuição global. Essa distribuição ampla, somada à ausência de espécimes preservados em museus e descrições desatualizadas, contribuiu para a ideia de um possível cosmopolitismo em algumas espécies. No entanto, novas técnicas e equipamentos têm questionado esse conceito. No Brasil, os tardígrados foram estudados de forma pioneira nas décadas de 1930 a 1950 por Rosina de Barros, Eveline Du Bois-Reymond Marcus e Ernest Marcus. Mesmo com à baixa qualidade dos equipamentos da época, dificuldade de preservação e nenhuma série tipo foi depositada, os três pesquisadores conseguiram descrever de 11 novas espécies. Por meio de técnicas modernas de análise morfológica, como microscopia óptica com contraste de interferência diferencial (DIC) e microscopia eletrônica de varredura, aliadas a métodos moleculares, incluindo sequenciamento de genes nucleares e mitocondriais, busca-se uma abordagem de taxonomia integrativa para redescrever as espécies estudadas pela Dr. Rosina de Barros. Dessa forma, será possível atualizar as descrições e obter informações que eram impossíveis de serem visualizadas a 70 anos atrás. A combinação de dados morfológicos e moleculares tem sido essencial para superar desafios como a identificação de complexos de espécies e reorganizar filogenias. Por fim, novas séries tipo (neótipos) serão designadas e depositadas no acervo do Museu de Diversidade Biológica (MDBio) da UNICAMP, e as sequências de genes nucleares e mitocondriais dos espécimes brasileiros serão armazenadas no GenBank.

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