Política da Dívida no Brasil

• Processo: 25/02703-6
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Pesquisa
• Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2025
• Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Antropologia
• Pesquisador responsável: Anna Catarina Morawska Vianna
• Beneficiário: Anna Catarina Morawska Vianna
• Pesquisador Anfitrião: Jessica Sklair
• Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
• Instituição Anfitriã: Queen Mary University of London, Inglaterra
• Assunto(s): Dívida Etnografia Feminismo Financeirização Antropologia econômica
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: dívida | Etnografia | Feminismo | financeirização | Antropologia Econômica

Resumo

O objetivo do projeto de pesquisa na Queen Mary University of London (QMUL) é investigar a política da dívida no Brasil a partir de uma perspectiva feminista e etnográfica. Com base em pesquisa realizada no bairro de Peixinhos, região metropolitana do Recife, em Pernambuco, a pesquisa propõe uma análise de como a expansão do mercado de crédito impactou a dinâmica local de circulação e redistribuição, em especial como novas formas de dívida financeirizada entraram nos circuitos locais de crédito não financeirizado. Tal abordagem permite uma análise que aborda como as novas formas de endividamento emergem nas formações históricas e ecológicas específicas de Peixinhos, associadas à história de urbanização do território, às trajetórias familiares e aos eventos climáticos sazonais, como as enchentes do rio Beberibe. Esta proposta de pesquisa soma-se, assim, aos debates sobre as abordagens feministas da financeirização, que no Brasil têm focado especialmente no papel do Estado na expansão do endividamento por meio do crédito consignado, bem como no aumento de produtos financeiros na economia do cuidado. Uma etnografia que foquenas dimensões históricas e ecológicas do endividamento como experiência corporal vivida por famílias num determinado território tem o potencial de contribuir para reflexões sobre o endividamento das mulheres e a feminização das finanças que se tornam cada vez mais presentes no debate público. (AU)