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Representando liminaridades e contradições: a dinâmica ontológica da figuração de roedores em laboratórios experimentais

Processo: 25/09912-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2025
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2026
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia
Pesquisador responsável:Felipe Ferreira Vander Velden
Beneficiário:Cassiel Nikolaou Renó Machado
Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Antropologia multiespécie | Etnografia de Laboratório | Figuração | Ontologia das Imagens | Roedores de laboratório | Antropologia Multiespécie

Resumo

Este projeto busca analisar as imagens de roedores produzidas e dispostas em espaços laboratoriais de grupos de pesquisa que empregam a experimentação animal. A recorrência de representações antropomorfizantes e infantilizadas de ratos e camundongos, relativamente comuns em laboratórios, parece corroborar as conclusões de outras experiências etnográficas que afirmam estarem presentes, nas relações laboratoriais entre humanos e roedores, também aspectos intersubjetivos e momentos de antropomorfização - em oposição ao discurso formal dos cientistas que costuma restringir-se a uma visão instrumentalista e objetiva dos "usos" dos animais na pesquisa. Pretendemos, assim, discutir a figuração dos roedores como mote para o embaralhamento de diferentes concepções ontológicas atribuídas aos animais. Para tanto, abordaremos teorias críticas à distinção naturalista entre natureza e cultura, que parece estar, de certa forma, subvertida nas figurações a serem analisadas. Perscrutaremos, também, outros campos teóricos, a saber, os dos estudos sociais sobre a ciência, uma vez que o contexto laboratorial e de pesquisa fornece contornos específicos para a interação - tanto "corpo a corpo" quanto mediada simbolicamente pelas representações imagéticas - entre cientistas e animais de experimentação. Buscamos, finalmente, articular tais discussões teóricas com a observação do cotidiano laboratorial e de suas figuras de roedores e com entrevistas formais e informais com os cientistas, a fim de explorar como imagens e discursos concorrem para a produção de uma narrativa visual específica sobre os roedores. Esperamos que a descrição dessa narrativa, impregnada nas representações dos roedores, nos forneça pistas para pensar as maneiras com as quais os cientistas experimentais negociam - consigo e com outros - sua própria prática. (AU)

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